sexta-feira, 30 de agosto de 2013

E se os governantes fossem...

 
… como aquele político nascido em Junho de 1771 que ao ser nomeado para um cargo que exigia certas habilitações (triénio de provedor que era requerido para o lugar) que ele, apesar de uma ilustre carreira , não tinha aceitou o cargo mas não a remuneração e foi estudar para Coimbra até obter esse grau académico.
Ao rever na TV Memória José Hermano Saraiva a falar deste politico e do seu comportamento quanto a mordomias e remunerações fiquei a pensar que exemplos como este – e felizmente há vários – deviam ser temas de leituras e palestras obrigatórias para corrigir o comportamento dos nossos governantes e políticos. É que aqueles cargos são para servir o País e o Povo e não para meia dúzia se encher. Os portugueses estão cansados de ser espoliando. AH! o tal politico chamava-se Manuel Fernandes Tomás. 
 
 
(Público, 29-8-2013)
Maria Clotilde Moreira 

2 comentários:

  1. Se andarmos alguns anos para trás, verificamos que os lugares públicos de Presidentes e Vereadores de Câmara eram exercidos gratuitamente. O cargo de Presidente só a partir dos anos 50, do século passado é que começou a ser remunerado. O de vereador pago é uma descoberta do 25 de Abril e após as 1.ªs eleições autárquicas. O pagamento a dirigentes das Juntas de Freguesia, foi uma descoberta do tempo de António Guterres. Antigamente, nos concelhos os juízes nada auferiam e eram escolhidos entre os homens-bons residentes. Enfim, com o progresso, acabaram as missões, que foram substituídas pelos cargos remunerados, sem honra mas com muito proveito. Pouco há a fazer, porque o rumo da nave é este, e já é incontrolável.

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  2. Sem esquecer o supremo privilégio de ao fim de anos de mandato (Juízes do Tribunal Constitucional) terem direito a reforma. Nem mais. Preocupou-se o sr. presidente a justificar as férias e bem que poderia também ter justificado este privilégio.

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