quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Será que Paulo Portas faz o que diz?

No seguimento do pedido de demissão que o ministro das finanças Vítor Gaspar apresentou ao primeiro-ministro Passos Coelho, também Paulo Portas seguiu o mesmo caminho, embora com argumentos e motivos diferentes – o primeiro porque chegou à conclusão que as premissas tidas como correctas para ultrapassar a crise, estavam – afinal – todas erradas, e o segundo invocou “imperativos de consciência” para tomar a sua decisão “irrevogável”, acrescentando que tem sido ignorado por Passos Coelho. Como hoje já se sabe, esta palavra - talvez de acordo com algum novo acordo ortográfico - passou a ter validade de cerca duas semanas, com ganho acrescentado de mais pastas no poder por parte do CDS/PP. Paulo Portas tem em cima da mesa mais um teste à sua “palavra dada”, e que se relaciona com a penalização sobre o corte de 10% nas pensões da CGA. Ou seja, em Maio passado, o então ministro dos negócios estrangeiros, declarou que “esta é a fronteira que não posso deixar passar”. Agora só resta esperar para ver se o teor dessas declarações são irrevogáveis, ou se têm o mesmo valor do que foi escrito no recente pedido de demissão. Dinis Evangelista

3 comentários:

  1. Subscrevo tudo o que escreveu, e também estou com curiosidade em ver se agora será diferente, ou se o PP vai resguardar-se com o "interesse nacional", para se "limpar" de mais um corte generalizado nas pensões dos mais desfavorecidos. Agora o que eu penso, e se calhar V. Exa. já não concordará, é que se estes não prestam, os que estão na calha para os substituir, são um susto, como provaram nos seis anos do seu consulado anterior.

    ResponderEliminar
  2. OH, quem não conhece este senhor tem tempo............sempre em pé!!!!!

    ResponderEliminar
  3. Meu Caro Manuel,
    Andamos a ser enganados há muitos anos. Penso que tem presente uma coisa: cada governo, ao iniciar funções, acusava sempre o anterior pelos males que atingiam o país e os seus cidadãos. Hoje, penso eu, todos nós já chegámos à conclusão de que não há isentos de culpas: todos governaram mal, mas todos querem ficar na História, alguns infelizmente pelos piores motivos. Veja os resultados em relação ao novo aeroporto de Lisboa, bem como a nova auto-estrada Lisboa/Porto ou a 3ª travessia do Tejo! Qual o resultado dos milhões que se gastaram? Alguns ganharam, mas perdemos todos. E o túnel do Marquês, em Lisboa, foi feito para quê? E se, em vez do Túnel, tivesse recuperado os milhares de prédios degradados que existem na capital, e se lá colocassem pessoas a viver? Resolveriam várias questões, a saber: povoavam uma cidade que se desetificou nas últimas décadas; evitavam o stress das horas de ponta, com milhares de carros a entrar e a sair da cidade nas horas de ponta e a consequente baixa de consumo de combustíveis, na qual se reflectiam dois aspectos importantes: equilíbrio das contas com o exterior, com a diminuição da importação de petróleo e também da poluição, por haver menos circulação automóvel, uma vez que as pessoas estavam mais próximas dos seus locais de trabalho e não nas periferias, com a necessidade das consequentes deslocações diárias.

    ResponderEliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.