Lutas geracionais. Só isto faltava
Num tempo em que estamos a perder valores, em todos os
sentidos e aspectos. Em que o respeito entre pais e filhos e até avós, parece não
estar a contar para nada. Em que o País se esvazia em todos os aspetos ,lato senso,
até de Pessoas, conseguir-se lutas geracionais, parece o menos próprio. Mas
está a acontecer.
Com o esmagamento - a
que estamos a assistir - do Estado Social, em vez de uma Reforma devida e necessária
de todo o Estado, que incluiria - dado
estarmos falidos, ou quase, com uma divida de 123% do PIB! - não só Estado
Social - Saúde; Segurança Social e Educação - mas antes e também , mais
equilibrada e consensual , de Justiça, Forças Armadas, Polícias - unificando
-los - Autarquias - fundindo-as, acabando com mais de metade das cidades que
temos - , e o mesmo em Institutos e
Fundações e renegociando - mais, menos,
mais - PPP´s.
Ficaríamos com menos
Despesa Pública, não poríamos os reformados, os desempregados, os doentes, os necessitados
à beira do suicídio, e teríamos ainda verba para começar a reconstruir -
investindo - na economia, neste desgraçado nosso País. Esta - economia - produz e faz ganhar "dinheiro" para reerguer
o País.
Claro que não é o que se está a fazer, antes se vai pela tal
via do esmagamento linear do Estado Social, só e já! Passa todos os dias. Os reformados são uns
malandros, que ainda por cima recebem dinheiro do Estado e parece que vão durar
muito , nunca mais morrem. E os que hoje contribuem para lhes "dar"
reforma, quando chegarem à idade putativa de se reformarem, não irão ter
reformas. Logo.
Logo, parece que é um
incentivo velado - aos que hoje trabalham - para que se revoltem nos descontos para os velhadas
ou doentes, ou inválidos, ou desempregados. Mas essencialmente tudo que seja
para reformados! E ninguém enxerga , quer
esmiuçar, que esses reformados já trabalharam, que hoje não têm como, nem onde trabalhar?
E se a ideia é não sustentar velhadas , doentes, etc.,
talvez recuperar os princípios de Hitler. E fazer uma raça pura. Só
robustos, só jovens, só "malta" até aos 60 anos, tudo o resto não
serve, ocupa espaço, não produz.
A passagem de Cultura, História e Conhecimentos geracionais,
não interessa. Quanto mais sem cultura e sem conhecimentos, sem princípios, sem
valores, sem educação, melhor!
Quanto mais se quebrar a solidariedade entre gerações, até
entre todas Pessoas sejam ou não de idades diferentes, melhor.
Quanto mais possível for - melhor, melhor - diariamente ouvirmos e
lermos que quem hoje desconta para quem hoje está reformado, mal está a fazer,
dado que por certo não irá ter quem para si o faça. Logo aos sessentas não vai
ter reforma. Melhor.
E já não interessa um pai ou uma mãe ter uma boa relação com
um filho, uma filha, um avó, uma avô estar com os netos. Até não poucas vezes
ajudar monetariamente enquanto reforma tiver. Não, isso não interessa.
Já não interessa um velho ter direito a ter qualidade de
vida! Já não interessa um velho saber que viver mais tempo, não é uma
maçada, é bom. Já não interessam os avanços feitos na saúde para bem e
mais tempo viver. Para quê?
Lixem-se as gerações, fique só a mais jovem, mas, sem doenças.
Sem desemprego.Sãos. Sãos!!!! Se não lixam-se!
Augusto Küttner de Magalhães
Caro Augusto, Bem Haja pelas suas lúcidas palavras. Infelizmente os jovens de hoje não primam nem pelo respeito pelos mais velhos, nem pela gratidão. Por isso, conscientes que a Segurança Social do Estado não vai no futuro cumprir com o princípio da solidadariedade intergeracional, vão investir apenas e só em esquemas privados de reforma. Mais uma razão para desprezarem as obrigações contraídas pelo Estado que recebeu contribuições de 30 ou mais anos dos que agora esperavam uma velhice apoiada. Já ninguém confia em ninguém, neste triste Portugal. E o mais que aí virá, quando a crise bater nas hoje chamadas grandes economias da Europa!!!
ResponderEliminarSabe que o problema é de quem tem hoje filhos entre os 30 e os 40 anos, demos-lhes tudo...........täo facilmente..............
ResponderEliminarAbraço
augusto