Instalados vs Indignados
Temos que encontrar um meio caminho entre os Instalados e os
Indignados.
E, a propósito da morte este ano de Stéphane Hessel com uma
longa história de vida participativa entre nazis - sofrendo à mão destes - ,
contra, evidentemente, e tendo sido um
dos redactores da Declaração Universal dos Direitos do Homem das Nações Unidas,
ficou ainda mais lembrado, recentemente,
pelo pequeno livro vermelho Indignai-vos,
manifestando-se neste tempo de capitalismo selvagem e sem regras, contra o estado a que o Ocidente chegou.
Morreu aos 97anos, com tanta vida a ensinar-nos tanto, da própria vida.
E temos instalados,
por todo o lado. Instalados em
lugares de governação em todo o mundo, instalados em lugares de controlo em bancos
locais e mundiais, instalados em locais de poder mais reduzido, como por exemplo
, cá, aqueles presidentes de camaras que pelo "de" ou "da"
o que querem é permanecer instalados em camaras onde quer que seja, até
morrerem!
Assim, está chegado o tempo de conseguir fazer-se uma conjugação
entre instalados e indignados e criar um
espaço, neste tempo, de vida com decência, qualidade e algumas certezas e
seguranças neste momento de tanto desnorte.
Os Instalados terão que deixar de o ser. Todos, todos! Terão
que se desinstalar. Necessitamos de ver gente diferente de preferência jovem,
que abrace o poder sem ser unicamente pelo Poder e para lá para sempre ficar
"instalado"!
Não são necessários espíritos de missão que nem em outros sitio
onde deveriam existir estão a resultar. Mas precisamos de gente boa que lide
com a vida com alguma vida, que tenha vida para além do carreirismo politico,
bancário e não só, dos tais instalados
de todos nós conhecidos. E que façam obra enquanto estão no espaço de o fazer e
saibam desinstalar-se quando o tempo deixar de ser seu, e passar a outras vidas
- criando-as, dado as não terem, hoje. Deixando obra e não só más memorias, que
no tempo de não lembrar a história - que está a ser este que estamos a viver - nem boas memorias há para recordar.
Quanto aos Indignados ainda é muito pouco com todo o respeito por Stéphane Hessel alemão que viveu e morreu em
Paris com grande história de vida, mas que não conseguiu deixar uma indicação
mais concreta - também não foi essa a sua humana ideia ! - de vias a seguir,
que não estas desoladores que aqui nos estão a aportar. Sem conteúdo, sem
programa, sem "vias alternativas"!
Mas deixou Obra, fez Obra e não se instalou. E hoje, não chega
andar na rua a dar berros, quando de facto é licita essa vontade, quando todos
sentimos que não temos um mínimo de estabilidade, já nem sequer para o dia de
amanha, mas, para o fim do dia que hoje ainda dia é.
Esta necessidade imperiosa que os instalados se desinstalem,
que o indignados façam mais que só do que só se Indignar, vai fazer a diferença num tempo
melhor que rapidamente deve começar para podermos ter futuro.
E por certo aqui a Ocidente terão que deixar de ter espaço senhores
- todos e cada um - como Berlusconi que deveriam ir para férias para longe -
ilhas desertas de preferência!!!! - e não
mais regressar. E haver cuidado de pessoas como a Sra. Merkel em não pensar que
ficar instalada no poder na sua Alemanha - agora unificada - lhe garante sobrevivência politica para todo
o sempre, a todo o custo.
E aqueles senhores, tantos, tão(bem) instalados por Bruxelas a pensar que nos
iludem com o seu permanente estar de instalados e sem nada de útil nos fazerem,
por nós. Exige-se , já, tudo diferente mas com regras, com ética, com princípios
e valores.
Indignar só por indignar , é nada. Mudar depressa, bem e sem
instalados será a alternativa.
E não nos esquecermos
de nos ligarmos com os EUA, com uma europa sem hitler´s e com vida.
Augusto Küttner de Magalhães
precisamos urgentemente, nós os indignados,que nos ponham " feijão macaco " nas calças para nos mexermos, já que os instalados, estes só com fogo poderão ser desinstalados ( mas fogo não quero - sabemos onde deflagra, mas não sabemos onde termina - logo!!!!??? )
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