segunda-feira, 10 de julho de 2017

Do ser e do ter

Tendo sido convidado
A tomar uma refeição;
Depois de lá ter entrado
Diógenes foi avisado
Que não cuspisse ali no chão.

O sábio irreverente
Não aceitou gesto tão vil;
Sem respeito por tal gente
Foi cuspir no prepotente
E regressou ao seu barril.

E nos andrajos que vestia
Pouca gente reparava;
Mas a tal candeia de dia
Era o que mais surpreendia
Pelo Homem que buscava…

E nem ao Grande Alexandre
Pensou que devia agradar;
Ao guerreiro importante
Exigiu extravagante
Que lhe deixasse o Sol brilhar!


Amândio G. Martins

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