Quando
pensávamos que os dias cinzentos, tristes e punitivos tinham acabado, ei-los
que regressam. Pela mão dos que nos fizeram acreditar que não teriam sido
necessários tantos sacrifícios para sobrevivermos. Sim, sobreviver, com
dignidade e sem recriminações, porque nunca ninguém pensou ou quis enriquecer
de repente. Um pouquinho mais de justiça social não faria mal a ninguém. Mas o
poder tem destas coisas, acaba por levar os que com ele se inebriam a
“racionalizar”, a aceitar a força da “realidade”. Conhece-se a cartilha: Querem
isto? Não há dinheiro; quem paga e donde vêm os recursos? Palavra de Passos
Coelho. A António Costa, logo a quem acreditava que a democracia era a certeza
de que há sempre uma, acabaram as alternativas. Sobram-lhe o omnipresente (em
Bruxelas) Mário Centeno, os cortes e as cativações.
Não, não é
nada bonito ver fechar salas em maternidades (apoio à natalidade?), professores
(em busca do tempo perdido), profissionais da (in)justiça, e muitos outros
trabalhadores (à cata da “concertação” autêntica), tudo em pé de guerra. Só
porque o Governo PS não se esqueceu apenas do que prometeu, esqueceu-se,
também, o que é mais grave, das convicções que proclamou.
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