terça-feira, 17 de julho de 2018

A propósito das "almas gémeas"

É exactamente assim que os designa Tiago Moreira de Sá, em artigo que li online. Putin e Trump. Reunidos, ontem, em Helsínquia. E estende-se numa análise política que remonta a muito atrás. Nesta, chamou-me a atenção uma coisa em que muito tenho pensado.
Na charneira entre o século passado e o actual, houve um facto que perturbou imenso a Rússia, então numa profunda crise de identidade política e geográfica: a  adesão à NATO por parte da Hungria, Polónia e República Checa, "mortos recentes" do Pacto de Varsóvia e logo reaparecidos  na organização congénere... do outro lado. Nos nossos dias de hoje, num momento em que Trump "entra a matar" contra a Europa e a NATO e "apaparica" Putin em todo o lado em que aparece (para além das "ajudas" pré eleitorais,do segundo), que significado tem o facto ser exactamente naqueles três países citados (para além de outros, vizinhos) que choca o "ovo da serpente" do fascismo "renovado"? Exactamente no coração da Europa que lhes abriu as portas! Será que, à boa maneira de Freud, a história dos países também mergulha no id profundo, similar ao individual? E a serpente só vai a mudar de pele?...

Fernando Cardoso Rodrigues

4 comentários:

  1. Trump vai convidar Putin a aderir à Nato...

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  2. Com este presidente americano tudo se explica pelo absurdo; na cimeira da Nato atacava a chanceler alemã por ter feito um contrato de fornecimento de gás com a Rússia, o "inimigo figadal da Nato"; chegado à presença de Putin, não hesita em atacar os serviços de inteligência do seu próprio país porque, se o real beneficiado foi ele, que interesse haverá em mexer na porcaria, comportando-se como se o país não fosse mais que uma das suas empresas...

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  3. Felizmente que ouvi, hoje, Obama discursar na África do Sul e voltei a sentir-me mais ou menos normal...

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  4. Os discursos de Obama sabem-me sempre a pouco; é formidável!

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