quinta-feira, 19 de julho de 2018


“Que hay de mi comission ?”...


Na luta pelo poder os políticos dizem coisas que, toda a gente lúcida sabe, não são exequíveis quando assumem responsabilidades governativas, mas que todos os dias lhes vão ser lembradas no combate político; e Pedro Sánchez, recentemente empossado presidente do Governo espanhol, enfrenta agora o dissabor de não poder mostrar a lista daqueles que beneficiaram duma amnistia fiscal decretada pelo antecessor, como tinha prometido insistentemente quando oposição.

Talvez porque o rei emérito, Juan Carlos I, está a ser apontado como um dos beneficiados, agora que vieram a público afirmações da princesa alemã Corinna  Wittgenstein que o deixam em maus lençóis, espantando todos ao dizer que o rei emérito exigia comissões dos negócios em que usava a sua influência; Sánchez defende-se com a constituição, que lhe não permite cumprir a promessa, mas o que todos os partidos lhe perguntam, incluindo a Direita, é se não será antes para proteger altas figuras da sua simpatia que também teriam beneficiado...


Amândio G. Martins



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