quinta-feira, 30 de junho de 2022

Do ridículo discurso das misses

 

Numa recente entrevista, provocado pelo jornalista se achava que a Rússia estava a fazer tudo bem, o “foreign minister Labrov” respondeu vigorosamente que a Rússia não faz tudo bem, mas o seu país é o que é e não se envergonha disso; para os “nossos” defensores da “paz dos cemitérios” também é isso mesmo, e aqueles que vêm ajudando a Ucrânia a defender-se dos violadores e assassinos russos devem deixar de o fazer, porque a bandidagem russa, se for muito incomodada, pode responder com tudo, e aí teremos uma catástrofe mundial.

 

Realmente, o ridículo desta gente é um bom bocado comparável àquelas nossas leis que me impedem a defesa, se me deparar com um ladrão armado dentro de casa; pelos casos que se conhecem, de pessoas que conseguiram dominar o criminoso causando-lhe, em legítima defesa, danos físicos, o tribunal decidiu a favor do assaltante...

 

Amândio G. Martins

 

 

quarta-feira, 29 de junho de 2022

 

TERRORISTAS...


O secretário-geral da NATO, a que bombardeou Belgrado para iniciar o desmembramento da Jugoslávia, a que bombardeou e destruiu a Líbia, a que despejou milhares de toneladas de bombas sobre o Afeganistão para depois o deixar entregue aos seus antigos aliados, os fanáticos Talibãs, a NATO que, afiando as garras, reforçando-se para a guerra, decidiu agora, na sequência da guerra de domínio a que deu origem na Ucrânia, passar os seus efetivos da Força de Intervenção Rápida de 40 para 300 mil homens.

O seu SG, dizia, classificou de terroristas, os patriotas do Partido dos Trabalhadores do Curdistão- PKK, que, desde há muito, se batem pelos direitos do seu povo e pela autodeterminação da sua pátria.

Este, é apenas um exemplo dos tempos de hipocrisia, de mentira, de ignomínia, que vivemos.

Tempos, potencialmente muito perigosos.

Em vez de cooperação e convivência pacífica, transformaram o mundo em blocos. Onde, um deles, se propõem, por todos os meios, nomeadamente pela propaganda, pela censura (veja-se o caso da manifestação pela paz no passado sábado em Lisboa, praticamente silenciada) e pela força, impor-se e mandar.

Francisco Ramalho

terça-feira, 28 de junho de 2022

 

O EXEMPLO DO PAPA


Segundo o relatório “A Desigualdade Mata”, da organização internacional Oxfam, publicado a 1.1.22, os dez mais ricos do mundo, durante os dois primeiros anos da pandemia, duplicaram as suas fortunas. Passando de 700 mil milhões de dólares para 1,5 biliões. À razão de 1,3 mil milhões por dia. Enquanto isso, o rendimento de 99% da humanidade caía, e mais 160 milhões de pessoas eram empurradas para a situação de pobreza.

A fortuna destes dez bilionários, é seis vezes superior à de 3,1 mil milhões. As pessoas mais pobres do mundo.

Ainda segundo o mesmo relatório, os fatores que mais pesam na causa de morte de 21 mil pessoas por dia, estão a falta de acesso a cuidados de saúde e a fome.

Também em Portugal as grandes fortunas tiveram neste período grandes aumentos. Em 2020, os grupos económicos distribuíram mais de 7 mil milhões de euros em dividendos aos seus acionistas e, em 2021, o património das famílias mais ricas cresceu 3,5 mil milhões de euros, só em ganhos bolsistas.

É esta economia que o Papa Francisco classifica como “a economia que mata”. Ele tem surpreendido muita gente e desagradado aos que beneficiam dessa economia e também da guerra. Um verdadeiro cristão que, com outras honrosas exceções, destoa do tradicional posicionamento da Igreja desde a conversão do imperador Teodósio I ,que passou a designar-se Igreja Católica Apostólica e Romana, colocando-se ao lado dos poderosos.

Esse desagrado voltou a verificar-se com afirmações que fez à revista jesuíta italiana “ La Civiltà Cattolica”, sobre a guerra da Ucrânia.

Diz Francisco: “temos de nos afastar do padrão de histórias como a do Capuchinho Vermelho, onde o Capuchinho Vermelho era bom e o lobo era mau”.

Lembrando outras guerras esquecidas, fala na “NATO a latir às portas da Rússia”, e que “a guerra Rússia-Ucrânia talvez tenha sido provocada ou não impedida por interesses de terceiros”.

Compreende-se o “talvez”,a contenção, de um homem com as suas responsabilidades. Mas, acrescenta: “na Ucrânia, estamos numa situação de guerra mundial com interesses globais, venda de armas e apropriação geopolítica pelo meio.”

Como já nos habituou, diz aquilo que os políticos social-democratas com responsabilidades, deviam dizer. Mas não dizem. E esse, é um dos grandes males do nosso tempo. A sua subordinação ao capitalismo e, neste caso, também ao imperialismo norte-americano.

Dizer ainda que o avanço da NATO, o não cumprimento dos acordos de Minsk, o assumido objetivo de desgaste máximo da Rússia, portanto, o prosseguimento da guerra com o boicote à importação de cereais e fertilizantes da Rússia e da Bielorrússia e, sobretudo, de gás e petróleo, além de graves problemas para a Europa e não só, com o recurso já anunciado por alguns países, como a Alemanha, França e Holanda, ao carvão e ao nuclear, agrava-se o já de si gravíssimo problema ambiental.

Para contrariar o desejo de hegemonia global dos EUA, vozes como a do papa são importantes para se alcançar o que é imperioso: a Paz.

Francisco Ramalho


Publicado hoje no jornal "O Setubalense"









Nada levamos para a tumba

 

MALDITA  AMBIÇÃO

 

Nunca tive a ambição de ser rico

Porque tal coisa nunca foi meu sonho

Sempre me pareceu algo medonho

A alma em permanente conflito.

 

Ainda hoje assim o verifico

E continua a ser o que mantenho

Daquilo com que sempre me entretenho

Não encontro nada mais pacífico.

 

Ser muito rico e viver com medo

Que se lhe descubra o feio segredo

Por detrás do que surgiu a riqueza;

 

Nada vale ter mais do que precisa

Exibir nos salões a rica vida

Mas viver com medo da má surpresa...

 

Amândio G. Martins

segunda-feira, 27 de junho de 2022

Graves lacunas

 

Tudo anda muito mal na protecção aos mais fragilizados na terra portuguesa, crianças negligenciadas e mulheres acossadas, e parece não se aprender nada com as constantes desgraças que atingem estas pessoas, sendo que no caso das crianças ainda é maior o escândalo, porque são seres totalmente indefesos da malvadez adulta.

 

 De facto, mulheres cujos companheiros, depois de comprovados os maus tratos, foram intimados a não se aproximarem delas, têm sido sistematicamente assassinadas por eles; crianças “sinalizadas” para protecçao do Estado, acabam assassinadas pela própria família, ou com a cumplicidade directa desta, e até dos tribunais, que por acção e omissão acabam por deixar terreno livre para acontecerem estes crimes!...

 

Amândio G. Martins

domingo, 26 de junho de 2022

Urge salvar o SNS!

 

   A direita e a extrema-direita ainda não tiveram coragem de dizer que querem acabar com o Serviço Nacional de Saúde. A repetida censura que lhe fazem, até à exaustão, não é para o salvar nem valorizar quem o trabalha - sejam os assistentes operacionais, os enfermeiros e os médicos nem implementar a Lei de Bases da Saúde, já!, para entre outras situações, criar um regime de exclusividade nos médicos e enfermeiros incentivando-os com remunerações justas para os fixar e impedir que os privados da medicina do negócio (como reconheceu, Isabel Vaz, líder de 30 unidades de saúde privada), os irem buscar porque lhes acenam com melhores condições... Nada transpira sobre as relações de trabalho destes profissionais, nos hospitais privados, será que é tudo leite e mel? Haja quem faça um isento estudo sobre esta matéria... E, é preciso impedir com urgência que quase 50% do orçamento do SNS vá direito para a medicina do negócio e que se pare com este sorvedouro! A direita e a extrema-direita querem um SNS para os pobrezinhos, sob a alçada do negócio privado da saúde! E, que seja a saúde pública a receber os doentes dos privados quando os seguros de saúde destes possam ir além do contratualizado ou que sejam mais caros. O SNS responde aos doentes, o negócio privado da saúde responde aos acionistas...

Este Orçamento do Estado para 2022, que a direcção do PS/governo hipocritamente afirmou estar mais esquerda, foi justamente chumbado, porque entre várias limitações, nele nada está inscrito como solução para salvar o SNS...
O governo absolutista do PS, sobre toda esta situação, é manifestamente cúmplice!
                                                       Vítor Colaço Santos

 

NÃO É NOTÍCIA?

Milhares de pessoas “ocuparam” ontem, durante horas, a Avenida da Liberdade em Lisboa. Do Marquês de Pombal aos Restauradores. Não será isto notícia? Fosse porque motivo fosse, a principal artéria da capital, logo, do país, durante horas “ocupada”, não é notícia?

Eu estive lá, à noite vi alguma televisão e já ouvi noticiários na rádio pública (Antena1), e sobre o assunto, zero! Claro que há mais órgãos de comunicação social! Mas, pela “amostra”, parece que o assunto, não foi mesmo notícia.

Este, é apenas um exemplo do pluralismo da comunicação social dominante (CSD). Uma vergonha!

A tal que formata tão larga faixa da opinião pública. A tal que formata esta democracia.

Pois bem, já antes da manifestação/desfile em causa, a sua divulgação pela CSD, foi também, zero!

E o assunto, era o mais nobre: a reclamação, a exigência, da paz.

A iniciativa partiu de um grupo de cidadãos e cidadãs tão variado, como a escritora Ana Margarida de Carvalho, o padre Frei Bento Domingues, a atriz Rita Lello, o técnico de produção Armando Farias, o general na reforma Pezarat Correia, ou o presidente da Associação de Inquilinos Lisbonenses, Romão Lavadinho.

O assunto em causa, era, como já se disse: pela paz, contra a guerra. A guerra, esse monstro que consome tantas vidas e bens. Mas que também gera muitos milhões de lucro. E é ao serviço de quem beneficia de todos esses milhões e dos que se lhes subordinam, que a CSD, está ao serviço. Por isso, calou o justo e digno protesto de milhares de cidadãos. Por isso, está com a guerra. Contra a paz.

Mas não será sempre assim. O seu comportamento, o de quem manda nela, gera ainda mais motivo para a participação empenhada por tão nobre e essencial causa: a Paz. E mais gente se juntará. A dignidade e a própria vida, assim o exigem.

Francisco Ramalho




Até à derrota final?


Gargalhámos quando Trump se apresentou às primárias do Partido Republicano.

Rimo-nos com prazer, ainda confiantes, quando ele defrontou Hillary Clinton nas presidenciais dos EUA. 

Esboçámos um sorriso amar(go)elo, quando tomou posse, embalados ainda na fé dos que aprego(av)am a infalibilidade dos checks and balances da democracia norte-americana.

Aterrados com tantas medidas que Trump tomou, aspirámos por nos vermos livres dele.  

Conseguimos, respirámos fundo e confiámos em Biden. Mas a semente tinha ficado. E frutificou. Sem sequer termos direito a “abortar os fetos” do crime trumpiano.

Que faremos agora que os resultados de tanta “bondade” começam a aparecer? Continuamos a entregar cegamente aos norte-americanos os destinos do “mundo livre”, agradecendo-lhes por nos defender? E quem nos defende deles?


Público - 27.06.2022

sábado, 25 de junho de 2022

Tempos de rapina

 

“PA LA SACA”

 

Planando em silêncio lá no alto

Tudo vão observando no terreno

Aves ou outro animal pequeno

Sempre vulneráveis ao seu assalto.

 

Mas nada do que fazem choca tanto

Sequer se assemelha a tão obsceno

Como o que se apresenta sereno

Para nos roubar com o seu encanto.

 

O que fazem as aves de rapina

Que a Natureza assim determina

Nada revela de preocupante;

 

Mas é decerto muito diferente

A arte da rapina desta gente

Que nos rouba com tamanho desplante.

 

Amândio G. Martins

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Inteligente irreverência

 

DA  ARTE  PELA  ARTE

 

De nome de “guerra” Almada Negreiros

Abominava o mofo na cultura

Não desdenhava a boa travessura

No que contava optimos parceiros.

 

Mentor de Modernistas pioneiros

Bem conseguiu cumprir essa aventura

Tentando contornar a ditadura

Regime de grotescos caceteiros.

 

Fernando Pessoa e Sá-Carneiro

Também o tiveram por companheiro

Em iniciativas relevantes;

 

Não era tempo de facilidades

Para os de notáveis faculdades

Que colidissem com os “ocupantes”

 

Amândio G. Martins

 

 

 

quarta-feira, 22 de junho de 2022

O meu remédio para a "falta" de médicos no SNS


O meu médico de família mandou-me a semana passada para ortopedia e avisou-me que ia demorar entre seis a oito meses.
Porém se eu quiser, sou consultado amanhã mesmo  num hospital privado exatamente pelo mesmo médico, que só tem vaga daqui a oito meses.
Aqui chegados é preciso de uma vez por todas acabar com esta  promiscuidade.
Porque afinal o médico não está assim tão cansado, e se vai fazer horas extra para outro patrão, também as podia e devia fazê- las para o patrão que até lhe pagou os estudos.
Só o tempo que gastam em viagens de hospital em hospital dava para muitas consultas. É claro que devem ser pagos por isso como qualquer outro trabalhador.
Não se pode servir a dois Senhores. Acabar com este esquema, pode ter efeitos a curto prazo.
2 . A força aérea já teve o mesmo problema, os moços iam para lá comiam, bebiam, recebiam ordenado, e no fim do curso iam para os privados, e a FA continuava sem pilotos.
A FA teve de tomar medidas e tomou e quem legitimamente depois de formado não queira servir quem lhe pagou o curso tem que indemnizar o patrão.
Aos médicos tem de se aplicar a mesma "receita" e logo à partida dar prioridade a quem se preste a servir o país por um determinado tempo.
A quem não quiser à partida assinar um contrato nesse sentido não deve  ser-lhe negada a entrada, mas pagará os custos integrais do curso, porque não faz sentido um país pobre andar a formar médicos e depois não os ter.
Já os países ricos sem gastar um euro em formação têm os médicos que precisam
Esta medida terá efeitos daqui a dez anos.
Estas medidas precisam de coragem política, coisa que parece não abundar   
Quintino Silva

Singularidades

 

Uma das curiosidades do nosso pequeno território, para lá dos variados sotaques, é a sua "discrepância" climatérica; de facto, é possível haver temperaturas de 40 graus, ou mesmo acima, numa ponta, e pouco mais de metade na outra, como verificarem-se largos períodos sem chuva nalgumas regiões, e chover frequentemente noutras.

 

Aqui nesta parte do Minho, apesar de ouvir frequentemente que grande parte do país está em seca severa ou extrema, choveu em março, abril, maio e tem chovido frequentemente em junho, exceptuando dois ou três dias de temperaturas elevadas; e de tanto ouvir no seu início que íamos ter um ano seco, antecipei um mês a plantação das batatas, com as pessoas que viram isso a dizer-me que era muito cedo, mas lá fiz o que tinha decidido.

 

Desenvolveram-se bem, não obstante terem ido para a terra cedo, e agora estão prontas para colher, o que para mim é a parte mais dura de todo o trabalho antes despendido com elas: cortar-lhes a rama madura para não atrapalhar, arrancar os tubérculos com uma gadanha, para minimizar os estragos, que com uma enxada cortam-se bastantes, ensacá-las e carregá-las no carrinho de mão para casa, uf..., só que não tenho podido porque tem estado chuvoso...

 

Amândio G. Martins

terça-feira, 21 de junho de 2022

Combustíveis em roda livre...

 

 Há muito que o executivo devia ter tido uma atitude sem tibiezas face aos aumentos escandalosos dos combustíveis, já que pode e deve regular preços e fixar tectos máximos. O governo ficar-se pelo artificialismo das actualizações semanais do ISP - Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos, não resolve esta espiral de preços que parece  não ter fim... enquanto isto, as grandes petrolíferas somam lucros em cima de lucros... à vontade. 

Ninguém fala da agricultura nacional, sendo que esta não aguenta o desmesurado aumento dos preços dos combustíveis, mais 46% que no fim de 2021. O preço pago aos produtores pela sua produção mantêm-se em níveis que não acompanham
o preço galopante dos factores de produção.

A inflação também sobe por via dos cíclicos aumentos em flecha dos produtos alimentares ( o governo tem de colocar em campo a inspecção porque há preços que sobem de um dia para o outro, repetidamente...) e também pela alteração dos custos dos combustíveis a subirem, quase todos os dias, constantemente em roda livre!

Vítor Colaço Santos

 

O CATALISADOR DA HISTÓRIA


Vivemos tempos incríveis. Mas tempos que, como sempre, nos trazem ensinamentos. Um deles, é este: evoluímos e continuamos a evoluir tanto na técnica e na ciência, mas na relação entre nós, no humanismo, tão pouco! Estamos quase como há 500 ou 1000 anos. Ou seja, parece que não aprendemos com a história.

Outra conclusão importante, é que, desde sempre uma minoria tentou impor, a bem ou mal, a sua vontade e explorar a grande maioria. O grau de imposição, depende dos meios mediáticos que tiver para o fazer. Por isso, eles sempre tiveram e têm tanta importância. Mas, quando a mensagem não resulta ou é insuficiente, a tal minoria, não hesita em recorrer à guerra. E esta, pode ser mais ou menos prolongada e mortífera.

Sempre foi assim e continua. Nem com as duas guerras mundiais que causaram 70 milhões de mortos, com episódios tão horrendos como o holocausto, ou a utilização, pela primeira vez, da bomba nuclear, serviram de emenda.

Mas, apesar de tudo, outra conclusão importante, talvez a mais importante de todas, é que sempre houve uma minoria que, qual catalisador da história, nunca se submeteu. E, graças a ela, a humanidade, embora com avanços e recuos, tem avançado sempre. Viemos do esclavagismo, passámos pelo feudalismo, e o capitalismo não será o fim da historia.

Dito isto, fixemo-nos então nestes tempos incríveis. Já saturados de ouvir falar na guerra e tê-la constantemente na televisão com o senhor Zelensky a reclamar todos os dias mais armas e mais potentes e precisas, e os seus fornecedores e mentores, Biden, Stolbenberg, Boris Johnson Morawiecki e António Costa, entre outros, a darem-lhe razão. E, embora ainda não tantas como ele quer, a “dar-lhe” também as armas. As aspas, significam isso mesmo; que para além do que já está a pagar mesmo com tantas vidas humanas, o povo ucraniano, vai pagá-las com língua de palmo.

Mas cá pelo nosso lindo Burgo, temos novidades! Embora não tão funestas como as da guerra, mas também tão tristes e lamentáveis. É que após “meia dúzia” de dias das Legislativas em que este fatalista e malhadiço povo, deu maioria absoluta ao partido, cujo líder, como já aqui disse, surpreendentemente, pelo menos para mim, se revelou um dos mais aguerridos falcões, talvez a ganhar balanço para outros voos com poiso de destaque em Bruxelas, aí temos, sem surpresa, porque a boa gestão e o investimento foram descurados, a crise dos hospitais com fecho de serviços de urgência por todo o lado e outro fundamental que, entre outras consequências, já provocou a morte de um bebé, serviços de obstetrícia e ginecologia.

Pois é, senhor Primeiro-Ministro, para se estar com quem se deve estar, em primeiro lugar, com o nosso povo, tal atitude, não condiz com o envio de milhões e o apoio à provocada guerra imperialista da Ucrânia.

A tal minoria sempre presente, o catalisador da história, crescerá. E, mais uma vez, cumprirá o seu papel.

Pelo menos alguns, aprendem mesmo com a história! E, como se constata, para tantos, convém.

Francisco Ramalho

Publicado hoje no jornal "O Setubalense"





segunda-feira, 20 de junho de 2022

 CENAS TRISTES


Analizando o atual momento da guerra, sente-se que as coisas estão a piorar ràpidamente para a Ucrânia.
Acho que Zelensky deve negociar, ceder.
Por muito bravos e fundamentados que estejam os seus soldados, a desproporção de forças é nitidamente desigual. É David contra Golias.
Se o não fizer, arrisca-se a ser equiparado ao carniceiro de Moscovo.
O sonho (legítimo) de recuperar território roubado (Crimeia), não passa agora de uma miragem.
O sacrifício de milhares de vidas humanas, não justifica tudo. O inimigo não pensa assim. Para esses, mais uns milhares, ou menos, pouco importa. Aliás, o que se passa dentro da cabeça dessa "gente", é um mistério! "Gente" que considera  que Liberdade; Mundo Livre; Direitos Humanos, são conceitos desprezíveis.

Depois de tantos anos a encher o bandulho do bandalho e seus seguidores com armas e euros, andam agora os líderes europeus numa peregrinação a Kiev numa atitude descaradamente cínica a expiar os seus pecados.
Até o nosso Costa lá foi. Atirou-se a Zelensky com a volúpia dum Valentino...
- eh pá, tem calma. Sou casado e tenho filhos.
- dou-te 250 milhões.
- tá bem, manda lá o carcanhol, mas vai prá bicha. Vou aguardar outra propostas.
Depois foi o Boris.
- tás a ver Ze, põe a mão. É cabelo mesmo. Não é peruca. Ainda estou aí para as curvas.
Agora, os três Reis Magos, de mõas vazias. Não trazem ouro, nem incenso nem mirra. Só promessas.

Que cenas...



José Valdigem

Mais um "aborto" de Justiça

 O tribunal absolveu o dono de um cão perigoso,  que trazia solto o animal na via pública, onde matou a uma senhora um pequeno cão de companhia e a deixou a ela muito maltratada, por tentar defender de fera o seu “pinscher”; o argumento da juíza que julgou o caso foi que um ataque a um animal por outro não é crime, nem foi crime o ataque sofrido pela dona do animal morto, com o que não concordou o procurador que acompanhou o processo que, segundo o JN,  recorreu da absolvição, por entender que a juíza fez uma interpretação errada do espírito da lei, que o que o legislador pretendeu foi agravar a punibilidade e não desagravá-la.


 Todavia, ao ler que “ a não observância de deveres de cuidado ou vigilância que der azo a que um animal ofenda o corpo ou a saúde de uma pessoa causando-lhe ofensas à integridade física que não sejam consideradas graves passou a ser punida como contraordenação”, o que me parece ficar claro é que esta lei é uma bosta, e a sentença da juíza foi igual, porque a vítima foi mordida em várias partes do corpo, tendo ficado 18 dias sem poder trabalhar, mas parece que para a juíza só teria sido grave se a senhora também tivesse morrido...


Amândio G. Martins


domingo, 19 de junho de 2022

 

O GRANDE CINEMA

A MÁQUINA TRITURADORA DO CAPITALISMO


O filme “UM OUTRO MUNDO”, de Stéphane Brizé, é uma daquelas obras que elevam o cinema aquilo que ele é considerado: A Sétima Arte.

Trata-se da demonstração perfeita, da máquina trituradora que o sistema capitalista pode atingir.

Uma multinacional norte-americana, com fábricas um pouco por todo o mundo, cujo objetivo supremo é, evidentemente, o lucro.

Numa dessas fábricas, em França. O diretor-geral em Nova Iorque, acha que o rendimento alcançado pode ser atingido, mas com uma redução de 10% dos trabalhadores.

Depois são as consequências que daí advêm: a instabilidade e o receio pelo futuro no seio dos trabalhadores, quem será despedido, a ação dos sindicalistas, a pressão sobre o diretor da fábrica. Este, por tentar dissuadir o diretor-geral, protegendo os trabalhadores e não cedendo à chantagem de despedimento do subdiretor, no fundo, por solidariedade para com os seus camaradas de trabalho e pela sua dignidade, é a primeira grande vítima: o despedimento com alegada justa causa. Sem indemnização.

Para a administração lá do outro lado do mundo, apenas uma coisa conta: o lucro máximo.

Grande interpretação de todo o elenco, com destaque para a soberba do “diretor da fábrica” Vincent Lindon.

Francisco Ramalho


sábado, 18 de junho de 2022

Da arte do engano

 

MALASARTES

 

Fingindo aquele ar desamparado

Que carregam os vegetarianos

Bate-nos à porta a chorar enganos

Por ser um trapaceiro descarado.

 

Ser oportunista dissimulado

Permite-lhe angariar fartos ganhos

Vindo de locais que nos são estranhos

Demora sempre a ser desmascarado.

 

Responde ser melhor pedir que roubar

Se vê que começamos a duvidar

Dos seus incoerentes argumentos;

 

Como se roubar fosse alternativa

Por não lhe correr a jeito a vida

Em tantos mirabolantes intentos.

 

Amândio G. Martins

sexta-feira, 17 de junho de 2022

Perturbadora e perigosa a ideia de Kissinger


Dar algo ao bandido que nos assalta, para se ir embora, em pleno século XXI, quer dizer que a humanidade, não aprendeu nada com as desgraças do século XX.
Putin já assaltou a Ucrânia em 2014 levando a Crimeia, e agora quer a escritura e direito de passagem.
Ora se lhe concederem isso, quer dizer que o crime compensa, e as leis internacionais, não se aplicam aos fortes.
Também a ideia é perigosa para a própria América, porque já se ouviram vozes no Kremlin a reclamar o Alasca de volta.
Já se ouviram também vozes a pedir a desnazificação da Polónia, e uma outra que a grande Rússia era de Vladivostok até Lisboa..
  Simpatize-se ou não com o governo da Ucrânia, devemos apoiá-lo pese embora os sacrifícios que iremos passar porque se o louco não for travado ali, não se sabe onde será.

Quintino Silva

Escória

 

Acabo de ler no JN que, na urgência de obstetrícia do Amadora-Sintra, mais um intolerável acto de violência contra um médico se verificou; segundo essa notícia, uma badalhoca qualquer agrediu a soco e a pontapé uma médica, no momento em que esta atendia outra utente daquele serviço.

 

E o que mais me choca nestas cenas canalhas é que parece terem sido “normalizadas”; de facto, assiste-se a isto recorrentemente, em escolas, hospitais e centros de saúde, sem que se conheça que aos seus autores sejam aplicados castigos suficientemente dissuasores; no caso em apreço, lê-se que a “madama” foi identificada, desconhecendo-se a sua motivação para tal comportamento.

 

Ora, se nada acontece a esta escória da sociedade, a tendência só pode ser o incremento destes actos de violência; se, para além da competente indemnização aos ofendidos, fossem aplicados aos energúmenos castigos acessórios como a expulsão pura e simples das escolas, e barrada a sua entrada nos serviços públicos de saúde, até que demonstrassem ter aprendido a ser gente, talvez estes elementos pensassem muito bem antes de partir para as agressões...

 

Amândio G. Martins

terça-feira, 14 de junho de 2022

O SNS está adoentado

 

 Há urgências hospitalares que não funcionam a tempo

inteiro, faltam médicos, sobretudo em obstetrícia que é uma valência médica fundamental para a continuidade da nossa espécie, já que trata das senhoras grávidas. É uma enorme contradição, Portugal enfrentar défice demográfico e não se acautelar esta situação.
O ministério da Saúde tem dado respaldo significativo
à medicina privada e, por outro lado, a Lei de Bases da Saúde
tem ficado secundarizada... metida na gaveta!
Agrava-se um problema estrutural dos médicos subcontratados ganharem três a cinco vezes mais, do que os que estão no quadro... Ainda assim, parece que nesta situação, que já vem sendo cíclica, só os médicos é que contam, sendo que, se não houver enfermeiros o serviço não anda. Ninguém fala dos
Assistentes Operacionais, que são uma complementaridade
para a engrenagem do SNS poder fluir, porquê?

                                       Vítor Colaço Santos 

Separar o importante do banal

 

O canal privado espanhol “La Sexta” vem passando uma série documental sobre a dinastia Bourbon, a que dá o título “Los Borbones”, realizada pelo seu departamento “AtresPlayer”, mostrando tudo o que de bom e mau a foi marcando ao longo do tempo, com especial realce para os actuais protagonistas, como a polémica do casamento do actual titular com uma jornalista divorciada, a que o velho começou por se opôr terminantemente, passando pelas falcatruas e prisão do marido da infanta Cristina, Urdangarin,  e escalpelizando as infidelidades conjugais e financeiras de Juan Carlos.

 

Este documento é tanto mais interessante quanto nele participam pessoas conhecedoras dos meandros da realeza, esclarecendo episódios pouco conhecidos da generalidade dos cidadãos, como o de uma senhora que fala do que terá sido a primeira e última “revolta” da rainha Sofia, ao tomar conhecimento das aventuras extraconjugais do marido; revela a comentadora que Sofia pegou no príncipe herdeiro e foi chorar para o colo da mãe, recebendo desta uma reprimenda que nunca mais terá esquecido: “Tu eres la reina. A una reina su marido nunca engaña”. E para que não ficassem dúvidas na cabecinha da jovem rainha, acentuou: “Y se la engaña no se entera!”...

 

Amândio G. Martins

segunda-feira, 13 de junho de 2022

 

CONTINUAM SATISFEITOS, OU JÁ SE ARREPENDERAM?


Perante a crise que vai por aí com encerramento de serviços de urgência e outras dificuldades em serviços de ginecologia e obstetrícia, em tantos hospitais públicos, cujas consequências, entre outras, já levou à morte de um bebé, crise que, diga-se, já tem barbas. Agora “apenas” se agravou.

Tudo isto, devido ao desinvestimento no SNS, que leva à engorda do privado.

Perante tudo isto, dizia, e perante a generosidade do “nosso” primeiro, para com o Governo (da Ucrânia) que promove nazis e ilegaliza todos os partidos que não lhe agradem, de lhe meter no bolso 250 milhões, seria interessante saber, se quem deu maioria absoluta ao PS, continua satisfeito, ou se já se arrependeu.

Já agora, também se já “descobriu” que a guerra na Ucrânia é entre os EUA/NATO/UE e a Rússia. Cujos antecedentes e pretextos para a invasão, os primeiros, são responsáveis.

Francisco Ramalho


O FUTEBOL PROFISSIONAL...



O futebol profissional sendo um negócio capitalista, como as notícias confirmam, é natural que se veja envolvido nas teias da corrupção, das fugas aos impostos, dos offshores, dos enriquecimentos ilícitos, etc....

domingo, 12 de junho de 2022

F A V A S

 



A fava é uma leguminosa, trepadeira, de grandes vagens alongadas e curvadas, com grãos grossos e duros de forma oval e cor esverdeada.

A fava tem muitas calorias e fibras, além de ser rica em proteínas. A sementeira ocorre entre Setembro e Dezembro, primeiro no sul do País e no norte mais tarde e a colheita ocorre dois a três meses depois.

As favas podem comer-se cozidas, em puré, com arroz e guisadas com enchidos e carne de porco. Existem alguns pratos típicos em algumas regiões, como Cantanhede e Algarve.

A produção de leguminosas estará a diminuir em Portugal ao mesmo tempo que mostra uma tendência crescente a nível mundial.

Existem expressões populares da língua portuguesa ligadas às favas, como: «são favas contadas», «vai às favas», «quem vai pagar as favas».

As favas serão originárias de regiões da Ásia próximas do Mar Mediterrâneo (Síria, Líbano, Palestina, Israel, Chipre, Iraque, Turquia), tendo o império romano introduzido o seu cultivo e consumo na Europa. Os descobrimentos, nomeadamente de Portugal e Espanha, fizeram chegar as favas à América.  

Wild West

 

Não há massacre de inocentes suficiente para sensibilizar os políticos americanos do partido republicano para a necessidade urgente de restringir a venda de armas de fogo de alto calibre porque, mentalmente, continuam no Oeste selvagem, com ostensivas manifestações de religiosidade cristã, cuja doutrina proclama “não matarás”, mas prontos a executar sem julgamento, e desprezando todas as leis, qualquer um de que não gostem, ou a queimar igrejas, se lá se abrigarem aqueles que definam como inimigos.

 

E ainda há dias o brutamontes em cuja eleição e tentativa de reeleição presidencial empenharam tudo, até a pouca honra que lhes pudesse restar, emporcalhou o sofrimento das famílias das vítimas afirmando, num evento da seita que o endeusa, que o que faz falta são ainda mais armas nas escolas, armando também os professores.

 

Se fosse possível ser ouvido por eles, o que eu sugeria aos do partido democrata era patrocinarem, numa fábrica de papel higiénico, lotes especiais com as cores dos republicanos, e com a legenda “2ª Emenda”, que é o fetiche em que se baseiam para não mexer nas leis que permitem vender armas como se fossem inofensivas pastilhas elásticas...

 

Amândio G. Martins

sexta-feira, 10 de junho de 2022

Bandidagem

 

É sabido que essa corja a que dão o nome de claques clubistas abrigam todo o tipo de criminosos, escória do que as sociedades têm de pior, que chegam ao extremo da violência até com os do seu grupo, como aconteceu agora com o assassinato de um deles, nos festejos da vitória do F.C. Porto no campeonato da 1ª liga.

 

 E o que é espantoso é que os clubes sabem disto, conhecem bem as actividades delituosas desses grupos a que dão guarida e apoio de todo o tipo, porque são formados pelo rebotalho, mas convivem bem com isto, apesar da imagem da instituição ficar também associada à porcaria que sempre deixam por todo o lado que passam, como se as vitórias tudo legitimassem...

 

Amândio G. Martins

 

 

quarta-feira, 8 de junho de 2022

Paula Rego: a bela pintura contra o sentimento de pecado, o complexo de culpa e o medo

 

 O JN e o PÚBLICO, ao mesmo tempo, dão-me uma notícia menos boa.

Desapareceu fisicamente, a ilustre sobredotada pintora, Paula Rego. As suas criações tocaram o poder político, o âmbito social e a condição feminina, onde se incluem o aborto - foram as mais relevantes. Tinha uma maneira muito peculiar pela positiva na abordagem das suas criações.
Era enérgica e convicta na defesa do seu feminismo, do qual não abdicava.
Tem no museu Casa das Histórias, em Cascais, um espaço arquitetónico do não menos brilhante, Eduardo Souto de Moura, tendo sido a iluminada criadora quem escolheu o autor. Espaço lindíssimo a visitar, cujo interior com 750m2 de área de exposição, é composto por várias pinturas da artista.
As suas obras, sobressaltos permanentes, onde a inquietação e a crueza da vida são realçadas mostra-nos a quotidiano. O espaço exterior tem um frondoso jardim, com uma cafetaria completada com uma simpática esplanada. Das vezes que fui à Casa das Histórias, numa delas deparei-me com a notável e inconfundível , Paula Rego e cumprimentei-a: «Muito grato!», disse. De face sorridente e olhar cintilante, respondeu: «De quê?». -«Porque soube transportar a vida para a sua criação artística!». Fez um riso com uns intensos holofotes (olhos) que me iluminaram. 
A querida, aclamada e irreverente, Paula Rego continuará a pintar os nossos corações com obras que não viram a cara ao medo nem à culpa nem ao sentimento de pecado e são duma qualidade real acima da média. Esteja já onde estiver, o Universo ficará mais colorido. A sua obra jamais a deixará morrer!
                    Seu eterno e muito admirador
                            Vítor Colaço Santos

O MESMO ARGUMENTO COM NOVOS ATORES


Não sou adepto de versões atualizadas de grandes sucessos, que, por o serem deram origem à repetição  da  mesma história, com nova roupagem. Em equipa vencedora não se mexe.
Mas, como nesta fase da vida o tempo sobra (lamentàvelmente) somos, por vezes impelidos a fazer até algo que não apreciamos.
Influenciado pela descrição dum filme na página de cinema do JN no passado sábado, sentei-me no sofá para assistir ao novo Papillon. Dava eu por garantidíssimo que era absolutamente impossível substituir Steve Mac Queen e Dustin Hoffman e toda aquela notável Produção, por um Charlie Hunnam e um Rami Malek, para mim até ali, totalmente desconhecidos. Filmaço! recomendo vivamente. Canal Hollywood.
Provàvenmente, o mesmo se passa com a nova versão de Pantanal, em exibição na SIC. "Não sabes o que perdes", diz a minha mulher. Talvez, digo eu. Estou velho.

O que se passa na Ucrânia, é precisamente o contrário.
O esmagamento da revolta húngara em 1956 e da Checoslováquia em 1968, pela União Soviética, não se devia repetir por ser mau demais. Nessa fase ninguém acudiu. Nem a húngaros nem a checos. Não só Teresa Batista estava Cansada de Guerra, mas todo o mundo.

Só que agora, é diferente. Os ucranianos são uns valentes e têm apoio do exterior.
Pode ser que caia o Kremlin (e a Trindade)...


José Valdigem


terça-feira, 7 de junho de 2022

Costa: a súbita compreensão pela melhoria salarial

 

  Depois de rejeitar uma actualização digna dos salários da Função Pública, o 1º ministro teve uma súbita compreensão da melhoria salarial, (incentivo nos trabalhadores, mais produção e mais salário põe a economia a mexer, etc.) querendo que as empresas façam «um esforço» para que haja «justiça remunerativa», nos salários médios. Costa é como o feijão frade - Tem duas caras! Dá uma esmola de 0,9% para a Administração Pública e pede ao patronato que até ao fim da legislatura aumente em 20% os salários médios(!). Não dá o exemplo em subir os ordenados de quem serve o Estado, e, sabe-se que toda a massa salarial na iniciativa privada tem por base o valor que se paga aos Funcionários Públicos e governando com maioria absoluta tem todas as condições para o fazer, mas em contrapartidaquer mais salário médio... Costa é pródigo no jogo dos disparates e nas contradições. Entretanto o retrógrado patrão dos patrões já balizou a classe patronal: esta dá um chouriço se o governo der um porco! Podem não ofertar um reco, mas terão a diminuição da TSU ou o IRC... este desgoverno para os patrões tem sido um generoso mãos largas! Não foi em vão que o presidente da confederação dos patrões ficou esfuziante pela conquista da maioria absoluta pelo PS... Faz sentido!

                  Vítor Colaço Santos