segunda-feira, 20 de junho de 2022

 CENAS TRISTES


Analizando o atual momento da guerra, sente-se que as coisas estão a piorar ràpidamente para a Ucrânia.
Acho que Zelensky deve negociar, ceder.
Por muito bravos e fundamentados que estejam os seus soldados, a desproporção de forças é nitidamente desigual. É David contra Golias.
Se o não fizer, arrisca-se a ser equiparado ao carniceiro de Moscovo.
O sonho (legítimo) de recuperar território roubado (Crimeia), não passa agora de uma miragem.
O sacrifício de milhares de vidas humanas, não justifica tudo. O inimigo não pensa assim. Para esses, mais uns milhares, ou menos, pouco importa. Aliás, o que se passa dentro da cabeça dessa "gente", é um mistério! "Gente" que considera  que Liberdade; Mundo Livre; Direitos Humanos, são conceitos desprezíveis.

Depois de tantos anos a encher o bandulho do bandalho e seus seguidores com armas e euros, andam agora os líderes europeus numa peregrinação a Kiev numa atitude descaradamente cínica a expiar os seus pecados.
Até o nosso Costa lá foi. Atirou-se a Zelensky com a volúpia dum Valentino...
- eh pá, tem calma. Sou casado e tenho filhos.
- dou-te 250 milhões.
- tá bem, manda lá o carcanhol, mas vai prá bicha. Vou aguardar outra propostas.
Depois foi o Boris.
- tás a ver Ze, põe a mão. É cabelo mesmo. Não é peruca. Ainda estou aí para as curvas.
Agora, os três Reis Magos, de mõas vazias. Não trazem ouro, nem incenso nem mirra. Só promessas.

Que cenas...



José Valdigem

2 comentários:

  1. Caro José Valdigem,
    Infelizmente chegados a este ponto nesta tremenda guerra, em que, como você mesmo acha, “Zellensky deve negociar, ceder”, resta-nos deixar a pergunta: agora, depois de tantas mortes e destruição?
    Entendo que nunca se deve dizer “o sacrifício de milhares de vidas não justifica tudo”. Em sua vez, o que deve ser dito é “nada justifica o sacrifício de (milhares de) vidas humanas”. O sentido das frases é completamente diferente.
    Por muito heroísmo que Zellensky possa ter insuflado no povo ucraniano, continuo a pensar que governar povos é tarefa que exige frieza cerebral, nunca descurando o rigor do calculismo, porque as decisões que se tomam afectam decisivamente os governados, para o bem e para o mal. O aventureirismo na governação nunca é bom conselheiro e pode mesmo ser fatal.

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