quarta-feira, 1 de junho de 2022

A passo de caracol

 

Após quase cem dias de bandidagem russa a destroçar a Ucrânia, a União Europeia lá conseguiu um acordo para embargo ao petróleo do país agressor, mas com tantas excepções que a sua eficácia não será muito grande, quando se torna imprescindível a imposição de todo o tipo de sanções àquela cleptocracia violenta, porque é aí que mais lhes dói, dado terem de reduzir o regabofe em que vivem, para manter o esforço de guerra sem que as restrições comecem a virar o povo contra eles.

 

Até agora não têm olhado a meios para imbecilizar as massas, impedindo-as de conhecer a realidade e preparando-as para apertar cada vez mais o cinto, com mensagens como esta que passou na sua abrutalhada televisão oficial:  “Quando acabarmos de desmilitarizar a Ucrânia, teremos de começar a desmilitarizar a OTAN”!

 

É óbvio que as sanções afectam todo o mundo, pelo efeito de retorno que se faz sentir sobre quem não teve nada a ver com aquela inadmissível violência, mas não é com paninhos quentes que se pode meter na ordem o agressor; e não será só cortar-lhe tanto quanto seja possível as fontes de receita como obrigá-lo, arrumadas as armas, a direccionar as receitas que lhe advierem das retomadas exportações de energia para a reconstrução de tudo quanto destruíram...

 

Amândio G. Martins

Sem comentários:

Enviar um comentário

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.