domingo, 26 de junho de 2022

 

NÃO É NOTÍCIA?

Milhares de pessoas “ocuparam” ontem, durante horas, a Avenida da Liberdade em Lisboa. Do Marquês de Pombal aos Restauradores. Não será isto notícia? Fosse porque motivo fosse, a principal artéria da capital, logo, do país, durante horas “ocupada”, não é notícia?

Eu estive lá, à noite vi alguma televisão e já ouvi noticiários na rádio pública (Antena1), e sobre o assunto, zero! Claro que há mais órgãos de comunicação social! Mas, pela “amostra”, parece que o assunto, não foi mesmo notícia.

Este, é apenas um exemplo do pluralismo da comunicação social dominante (CSD). Uma vergonha!

A tal que formata tão larga faixa da opinião pública. A tal que formata esta democracia.

Pois bem, já antes da manifestação/desfile em causa, a sua divulgação pela CSD, foi também, zero!

E o assunto, era o mais nobre: a reclamação, a exigência, da paz.

A iniciativa partiu de um grupo de cidadãos e cidadãs tão variado, como a escritora Ana Margarida de Carvalho, o padre Frei Bento Domingues, a atriz Rita Lello, o técnico de produção Armando Farias, o general na reforma Pezarat Correia, ou o presidente da Associação de Inquilinos Lisbonenses, Romão Lavadinho.

O assunto em causa, era, como já se disse: pela paz, contra a guerra. A guerra, esse monstro que consome tantas vidas e bens. Mas que também gera muitos milhões de lucro. E é ao serviço de quem beneficia de todos esses milhões e dos que se lhes subordinam, que a CSD, está ao serviço. Por isso, calou o justo e digno protesto de milhares de cidadãos. Por isso, está com a guerra. Contra a paz.

Mas não será sempre assim. O seu comportamento, o de quem manda nela, gera ainda mais motivo para a participação empenhada por tão nobre e essencial causa: a Paz. E mais gente se juntará. A dignidade e a própria vida, assim o exigem.

Francisco Ramalho




1 comentário:

  1. mais uma demonstração de que a comunicação social dominante está ao serviço do capitalismo e dos seus interesses... e neste caso quer a guerra e não a PAZ... uma notícia dominante foi a demissão da embaixadora da Ucrânia, que estaria prevista... então era substituição e não demissão... mas que também só soube 2 dias antes...

    ResponderEliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.