sábado, 18 de junho de 2022

Da arte do engano

 

MALASARTES

 

Fingindo aquele ar desamparado

Que carregam os vegetarianos

Bate-nos à porta a chorar enganos

Por ser um trapaceiro descarado.

 

Ser oportunista dissimulado

Permite-lhe angariar fartos ganhos

Vindo de locais que nos são estranhos

Demora sempre a ser desmascarado.

 

Responde ser melhor pedir que roubar

Se vê que começamos a duvidar

Dos seus incoerentes argumentos;

 

Como se roubar fosse alternativa

Por não lhe correr a jeito a vida

Em tantos mirabolantes intentos.

 

Amândio G. Martins

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