quarta-feira, 22 de junho de 2022

O meu remédio para a "falta" de médicos no SNS


O meu médico de família mandou-me a semana passada para ortopedia e avisou-me que ia demorar entre seis a oito meses.
Porém se eu quiser, sou consultado amanhã mesmo  num hospital privado exatamente pelo mesmo médico, que só tem vaga daqui a oito meses.
Aqui chegados é preciso de uma vez por todas acabar com esta  promiscuidade.
Porque afinal o médico não está assim tão cansado, e se vai fazer horas extra para outro patrão, também as podia e devia fazê- las para o patrão que até lhe pagou os estudos.
Só o tempo que gastam em viagens de hospital em hospital dava para muitas consultas. É claro que devem ser pagos por isso como qualquer outro trabalhador.
Não se pode servir a dois Senhores. Acabar com este esquema, pode ter efeitos a curto prazo.
2 . A força aérea já teve o mesmo problema, os moços iam para lá comiam, bebiam, recebiam ordenado, e no fim do curso iam para os privados, e a FA continuava sem pilotos.
A FA teve de tomar medidas e tomou e quem legitimamente depois de formado não queira servir quem lhe pagou o curso tem que indemnizar o patrão.
Aos médicos tem de se aplicar a mesma "receita" e logo à partida dar prioridade a quem se preste a servir o país por um determinado tempo.
A quem não quiser à partida assinar um contrato nesse sentido não deve  ser-lhe negada a entrada, mas pagará os custos integrais do curso, porque não faz sentido um país pobre andar a formar médicos e depois não os ter.
Já os países ricos sem gastar um euro em formação têm os médicos que precisam
Esta medida terá efeitos daqui a dez anos.
Estas medidas precisam de coragem política, coisa que parece não abundar   
Quintino Silva

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