quarta-feira, 1 de junho de 2022

século XXI, ano 22 - O QUE AINDA FAZ FALTA ÁS CRIANÇAS

 

O PS (governo e deputados) recusaram no Orçamento de Estado de 2022, a criação duma rede pública de creches e o alargamento da gratuidade para todas as crianças e não só para as que ingressem no 1.º ano de creche a partir do próximo mês de Setembro. E mesmo para estas existem queixas públicas de instituições, acusando o governo de não estar a facilitar a concretização dessa medida.

O PS (governo e deputados) recusaram uma prestação complementar de abono de família para crianças; recusaram, também, o reforço da acção social escolar e a redução do número de alunos por turma, o que se traduziria num benefício para as crianças no âmbito educativo.

A Constituição da República determina que: «As crianças têm direito à protecção da sociedade e do Estado, com vista ao seu desenvolvimento integral, especialmente contra todas as formas de abandono, de discriminação e de opressão e contra o exercício abusivo da autoridade na família e demais instituições».

Muitos dos direitos e bem-estar das crianças estão ligados aos direitos e condições de vida dos pais. Em Portugal cerca de 23% de crianças vivem na pobreza ou estão em risco de viver na mesma, essencialmente devido aos baixos salários dos pais, à precariedade, à desregulação dos horários, ao desemprego, situação agravada com o aumento do custo de vido provocado pela guerra.

Melhorar a situação das crianças implica que os pais tenham salários dignos, trabalho permanente, horários regulares, respeito e melhoria dos direitos de maternidade e paternidade e acesso «a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar».



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