...Britânnia rule the waves”.
Tenho visto alguma coisa dos festejos do jubileu de Isabel II, e impressiona-me verdadeiramente o carinho que se percebe os ingleses dispensarem à sua rainha ainda em exercício - bem para lá do folclore que estas cenas sempre envolvem - para “desespero” do primogénito e daquele “susto” por quem trocou a bela Diana, o tal drama a tornar verdade que “o coração tem razões que a razão desconhece”.
Num império onde a rapacidade dos seus piratas dos mares lhes dava direito ao título de “Sir”, nem a conhecida crueldade dos seus traficantes de escravos lhe diminuíram a aura de grandeza de que ainda se sentem merecedores, bem para lá do simbolismo que dá corpo a este tipo de manifestações.
Parecendo bem mais decrépito que a mãe, Carlos devia poupar aos compatriotas a “humilhação” de ter de tratar por magestade aquela figura por quem substituíu a mãe dos seus filhos, e permitir ao seu herdeiro ao lugar tomar posse; de facto, embora não seja nada comigo, “chateia-me” ter de ver aquela figura receber as honras de rainha, mesmo “con sorte”...
Amândio G. Martins
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