O
ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, foi a Bruxelas receber
ordens e prestar vassalagem à NATO. Foi colocar à disposição
daquela organização bélica, braço armado do capitalismo mundial,
mais soldados portugueses para o Afeganistão. Uma força de elite
constituída por 170 homens.
O
Afeganistão, é um exemplo paradigmático do papel interventivo do
imperialismo norte-americano no mundo, e dos meios que utiliza para
atingir os objetivos de controlo e hegemonia planetária.
A
sociedade afegã, esteve mergulhada até à atualidade no
analfabetismo, no quase feudalismo e no obscurantismo religioso. Em
1978, o Partido Democrático do Povo do Afeganistão, tomou o poder e
tentou arrancar o seu povo às trevas medievais, aos tentáculos, e
aos interesses dos senhores feudais. Com o desmoronamento da União
Soviética, que o apoiava, os EUA, viram a grande oportunidade de
derrubarem o governo revolucionário, e para isso, armaram e apoiaram
abertamente os fanáticos terroristas Talibãs que, infiltrando-se
pelo Paquistão, conseguiram os seus intentos. Derrubaram o governo e
enforcaram o presidente Najibullah na praça central de Cabul.
Depois, foi o que já se sabe. Os americanos perderam o controlo dos
seus cães de guerra que depois de abocanharem a presa, (o poder) não
a quiseram devolver aos que lhes deram corda e ração, os
pretendentes a capatazes do mundo. A seguir, envolveram a NATO que
controlam, e é aqui que nós entramos, mesmo contrariando a nossa
própria Constituição que prevê a dissolução de todos os blocos
político-militares, que é aquilo que a NATO e´. Assim, os nossos
jovens compatriotas, carne para canhão, lá vão para uma guerra
servir de mainatos a quem procura efetivamente tirar partido dela.
Francisco
Ramalho
Corroios,
9 de Novembro de 2017
A tentação do Afeganistão tem sido um inferno para todos os invasores! Muito antes dos americanos já por lá tinham andado os soviéticos, ainda na pujança do regime, e tiveram de correr de lá a sete pés. De facto, senhor Ramalho, tem sido um osso muito duro de roer, mesmo para os mais aventureiros...
ResponderEliminarOs soviéticos saíram de lá, quer dizer, deixaram de apoiar o governo revolucionário quando a URSS acabou. Assim como apoiaram as descolonizações. Eu sei que houve deturpações e abusos ao socialismo na URSS. Concordo! Mas em matéria de política externa, no geral, sempre concordei com ela. Foi um bem para os povos. E vê-se agora com o seu desaparecimento na merda em está o mundo.
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