Há três anos houve mortos em Vila Franca de Xira, pela acção da bactéria infeciosa da legionella,
agora, num hospital, outro surto mortal. Será que se tiraram todas as ilações daquela tragédia?
Afigura-se-nos que não… A legislação prevê que haja normas de fiscalização que têm de ser praticadas. Desde 2010, o número de mortes em contexto hospitalar tem vindo a aumentar e somos os «campeões» da Europa por tais falecimentos. Não podemos estar sujeitos a ir ao hospital para consulta/exame e ficarmos infectados - e morrer, como agora aconteceu.
Em 2013, a austeridade cega do desgoverno anterior, retirou a boa regra de inspeção aos equipamentos que propagam a bactéria. Porquê? O mecanismo de obrigatoriedade de inspeção,
manutenção e monitorização dos aparelhos de ar condicionado e torres de refrigeração têm de ter uma intervenção periódica de prevenção. Estas mortes são inaceitáveis e jamais poderiam ter ocorrido por falhas de fiscalização. Quais as medidas para evitar novo surto? Urge dotar os serviços com todos os meios para se agir em conformidade.
Um corpo já em câmara ardente foi levado por ordem do Ministério Público(!), para ser autopsiado. Quiseram levá-lo num saco(!). Haja respeito e humanidade! Trata-se duma pessoa - não são batatas! É inacreditável e inaceitável a descoordenação entre os serviços, provocando um duplo sofrimento para as famílias.
Pode-se matar a bactéria da legionella, desde que hajam boas práticas preventivas. A Vida é impagável!
Vítor Colaço Santos
Público - 13.11.2017
Público - 13.11.2017
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