A extrema direita, personificada no PSD e CDS, votou contra o OE-18: «Serve clientelas políticas»(!), disseram. Recorde-se que baixaram os impostos para as grandes empresas, fizeram negócios da China, nos Vistos Gold instalaram a pouca vergonha, etc. Afinal, quem serviu? Nos seus orçamentos nunca inscreveram uma mera medida a favor dos trabalhadores! Pretendiam um OE-18 austeritário que cortasse rendimentos, empobrecesse as famílias, obliterasse o Estado social e por aí fora. Não é, nem pode ser uma visão de futuro e incentivo à economia, rebaixar salários (como no p.p.) mas sim, criar incentivo com equidade remuneratória. O OE-18 foi discutido na generalidade na AR, em dia de finados, e aquela extrema direita desenterrou os seus cadáveres políticos, que levaram a sociedade a caminho da indigência e à sua divisão artificial, pondo uns contra os outros: trabalhadores privados contra funcionários públicos, desempregados contra empregados, novos contra velhos, usando o estratagema inqualificável de dividir para reinar. PSD e CDS continuam embotados.
Os desempregados de longa duração que se reformem agora, não podem ser penalizados pelos anos que estiveram sem descontar, já que nem receberam apoios sociais. A obsessão em querer
atingir as metas do défice acordadas com Bruxelas diminui as funções vitais do Estado, desde a Segurança Social, à Saúde, à Educação, passando pelos Transportes Públicos até à Cultura. Em primeiro lugar as pessoas! O OE-18 tem de abordar as micro/pequenas e médias empresas de forma antagónica à do passado, pois são o grosso da empregabilidade.
O OE-18 confere à Cultura valor residual e ainda assim, reserva para a comunicação do audiovisual - 200 milhões de euros!, tendo esta larga comparticipação da Contribuição do Audiovisual. Um país que não promove a Cultura - agrava a ignorância e o desconhecimento e o seu Povo não levanta a cabeça!
Quando o ministério da Cultura tiver o mesmo peso do que o ministério das Finanças, Portugal será indubitavelmente - mais feliz!
Público - 05.11.2017
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