domingo, 17 de abril de 2016

Quem terá levado Portugal à bancarrota?


Qualquer cidadão comum, que nunca entrou em ‘esquemas’, acredita piamente em tudo que ouve a alguém que julga ser mais conhecedor e honesto do que ele próprio, acerca das leis de economia, pelo que, confiando, não se apercebe como tem sido ‘enxofrado’ vezes sem conta de que tem andado a viver muito acima das suas possibilidades. Logo, pecaminosamente, levou Portugal à bancarrota.
Então, o que dizer dos ‘soberbos’ trabalhadores que ganham o OMN – ordenado mínimo nacional – e aqueloutros ‘preguiçosos’ que se aboletam ao ‘magnífico’ RSI – rendimento social de inserção -, para já não falar dos ‘ociosos’ desempregados e dos que demandaram outras terras?
Foram eles – e apenas eles -os ‘criminosos da pior espécie’ que descapitalizaram as empresas, saquearam os bancos, embrenharam-se em alvos negócios escuros, e tudo que arrebanharam – fruto do seu exemplar trabalho – foi parar a paraísos fiscais, de onde o dinheiro sai esterilizado e mais branco que as alvas asas dos mais puros anjos, querubins e serafins.
Por isso, em um qualquer Dia de Portugal, condecorem-se todos aqueles ‘honestos’ cidadãos que tudo – em patifarias – têm feito ao comum cidadão e à Pátria: os ‘filantropos’ banqueiros que limparam os seus bancos deixando-os sem cheta; os ‘bem-intencionados’ políticos que também têm chafurdado no mundo escuro do crime e da banca saqueada, tendo em conta a ‘zelosa’ procura de uma luz ao fundo do túnel para se porem ao fresco, e não nos esquecendo dos ´zelosos’ administradores e suas ‘humildes’ direcções que estoicamente descapitalizaram as empresas, pondo a bom recato os chorudos dividendos e outras tenças douradas nos ‘tenebrosos’ paraísos fiscais. Isto é, que seja agraciada – com toda a pompa e circunstância - toda esta canalha que tão decisivamente tem saqueado a Nação e ultrajado a memória colectiva dos seus egrégios avós.

José Amaral


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