Morrem por ano 33000 americanos por disparos com armas nos EUA. É uma autêntica guerra civil!
A arma utilizada terá sido uma arma automática com capacidade para carregadores de 30 balas, inspirada na "famosa" M16, usada nas forças armadas americanas. O sistema legal que permite a compra de armas por civis, foi enganado e os controlos existentes não conseguiram prevenir que um indivíduo com historial de violência num Estado diferente, tivesse comprado aquela arma de assalto. E é aqui, nas armas de assalto, que quero fazer o ponto. Os fundamentalistas pro-armas, baseados num preceito constitucional claramente desactualizado, de cada vez que há uma tragédia destas, proclamam com desfaçatez que a solução passa por todos terem cada vez mais armas para se defenderem. Seria grotesco neste caso, pois os cidadãos crentes a rezar numa Igreja, teriam de ter levado consigo armas de assalto, para poderem resistir ao criminoso. Os fundamentalistas que lutam contra a actual legislação, desejariam acabar com todas as armas dos civis, e talvez também dos militares. Ora ambos os campos estão errados. Pode perfeitamente satisfazer-se o preceito constitucional que poporciona a todo o cidadão ter uma arma, se esta tiver obrigatoriamente de ser uma arma de defesa, e não de ataque. Em Portugal e noutros países "sensatos" essa legislação existe, e só as forças armadas, militares ou paramilitares, podem ser portadoras de armas com calibre superior a 6,35 mm, de repetição ou de assalto. E se o criminoso tivesse uma arma de 6,35 mm, em vez de uma arma de assalto, nunca poderia ter morto mais de 2 ou 3 pessoas. Seria trágico também, mas nunca com a dimensão agora vivida. Deus meta juízo na cabeça do Presidente Trump e nos legisladores do Congresso.
Há um problema de fundo em todos estes comportamentos de cidadãos, aparentemente normais, pois este fez currículo nas Forças Armadas e na Univerrsidade e, mesmo tendo esse percurso, não lhe foram incutidos valores de respeito pelo próximo. Esta civilização, que se rege pelo salve-se quem puder, assenta na criação de ídolos, menosprezando as pessoas normais, que são a base de tudo o que se constrói.O nosso vizinho é quase um estranho e pouco nos interessa que passe necessidades ou esteja doente. Eu leccionei durante 30 anos e, enquando servi no ensino e fui verificando que a escola e os programas foram perdendo a noção de que estavam servindo as pessoas, que deviam formar cidadãos que se respeitassem e se ajudassem mutuamente, antes pelo contrário, fomentando uma concorrência, onde os espertos e os mais egoístas seriam premiados. Isto dá pano para mangas e para lençóis, por isso deve ser aprofundado. Mas, por quem? Se os que dirigem, e deram azo a todo este desencanto e susto, não se apercebem dos erros que cometeram e que continuam a lavrar! O problema é civilizacional e só com uma profunda reflexão internacional, por gente creditada, pode inverter a MARCHA. Até lá, vamos mamnifestadando as nossas mágoas, o que é salutar, mas pouco ou nada pudemos fazer para parar a MARCHA. O velho abraço lusitano.
ResponderEliminarConcordo, caro Amigo Joaquim. A sociedade, toda a sociedade no mundo agora global, perdeu valores, perdeu princípios, em nome quem sabe, da eficácia, da produtividade, do crescimento, com certeza também do lucro. E os exemplos dos dirigentes políticos, têm sido péssimos. Quando se ouve um dirigente político, um PM, dizer que nada tem que assumir ou responsabilizar-se até que a PGR o indicie ou acuse, estamos falados. Neste caso do Sócrates, por exemplo. Vamos partir do pressuposto que tudo o que ele diz é rigorosamente verdade. Então será aceitável, credível ou adequado a um Estado com ética e valores, que um PM ande a viver à custa de um amigo, que por mero acaso, coincidência, era um empresário que celebrou contratos de milhares de milhões com o governo presidido por esse PM. Em qualquer país decente, este político bem poderia emigrar, porque nunca mais seria ninguém na política ou na sociedade desse país. Aqui é um herói, um perseguido, um injustiçado...
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