quinta-feira, 2 de novembro de 2017

SABIAM?



Só quem não teve já um cão ou não tem um mínimo de sensibilidade, desconhece a afetividade deste animal. Não é por acaso que é considerado o melhor amigo do homem. Tive um onze anos, imaginem quanto me custou a sua morte. Há quem diga que o gato não conhece o dono. É mentira! Conhece e também é muito meigo e brincalhão. Já tive dois e ainda tenho uma gata...
Do alto da sua autoridade moral, uma das referências da humanidade, Gandhi, afirmou: “ A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo como os seus animais são tratados”. Na nossa, creio que esta matéria se pode resumir assim: há uma minoria que os maltrata, outra que os protege e a grande maioria que lhe é indiferente. E os poderes públicos ( Governo e Autarquias) refletem isso mesmo. Se não vejamos: segundo a reportagem do Jornal de Notícias de 30/10/17, dados da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), só entre Janeiro e Julho deste ano, em mais de metade dos canis/gatis deste país que não têm condições para recolher e manter os cães e gatos abandonados, foram abatidos 4848. Leram bem, 4848 !A esmagadora maioria, animais saudáveis. 83% cães, 17% gatos. Toda esta matança dos nossos amigos de 4 patas, apesar da Lei nº 27/2016, de 23 de Agosto, proibir a eutanásia de animais saudáveis nos centros de recolha.
Os municípios têm menos de um ano para cumprir a lei do abate zero e metade não dispõe de uma resposta para o acolhimento e o tratamento de animais errantes.
Existe legislação que penaliza o abandono e outros maus tratos de animais, mas isso não é fiscalizado.
Muito mais haveria a dizer sobre esta matéria, acrescentar apenas, que como em tantas outras, uma das principais medidas a implementar, seria a prevenção. Penalização efetiva dos prevaricadores e esterilização. Principalmente das colónias de gatos.
Um aplauso ao JN pela excelente reportagem, e às organizações e voluntários/as que se dedicam à proteção dos animais.
A terminar, dizer que o Governo prepara um programa para auxiliar as autarquias a dotarem-se das condições indispensáveis para o cumprimento da Lei do Abate Zero. Portanto, estejamos atentos.
Imagino alguns leitores/as a pensarem: “primeiro as pessoas”. Claro que sim! Mas,e os animais? Não podemos e devemos tratá-los bem melhor? Podemos!
Francisco Ramalho
Corroios, 2 de Novembro de 2017


1 comentário:

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