segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Sempre credora...


Vieste para amar e ser amada
Mas são tais e tamanhos afazeres
Que longe duma vida de prazeres
Encontraste é uma cruz bem pesada.

Trabalhas fora e dentro de casa
E és senhora de muitos poderes
Mas querem negar-te o de perceberes
Que és indecentemente explorada...

E chamam-te o repouso do guerreiro
Em tom grotescamente chocarreiro
Como se não fosses capaz de pensar;

Se chegas a perder a paciência
Não há para ti qualquer indulgência
Aguentas ou vai tudo desabar!



Amândio G. Martins

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