quinta-feira, 22 de março de 2018

Com vontade política combate-se a pobreza

O saudoso Alfredo Bruto da Costa, voz autorizada do estudo sobre a pobreza, revelava que havia quem associasse os pobres à preguiça e à má sorte(!). A pobreza marginaliza e estigmatiza. O atrevimento ainda diz que é pobre quem quer… Valhó Deus!, ninguém é pobre pela severa autopunição. O esquecido e notável escritor José Rodrigues Miguéis dizia:’’ Para haver um rico, são precisos cem pobres’’ Actual!
   «É uma vergonha nacional sermos uma das sociedades mais desiguais da Europa’’, disse o PR e o seu colega do PSD, Pedro Duarte, corroborou… O PSD foi sempre o garante da pobreza e a sua actual direcção nem aborda esta miserável chaga social!
   O índice da pobreza aponta para 2 milhões de portugueses. Hoje, não são só os desempregados a caírem no desespero das privações, já são os (mal) empregados que trabalham 8/12 horas diárias e, não recebendo o salário minimíssimo nacional, sobrevivem na penúria. Se se medir a pobreza no acesso a bens de primeira necessidade, então o índice é maior.
   O Governo badala o crescimento da economia, mas esta não paga em conformidade. O executivo não legisla para acabar (de vez) com a desregulação laboral, criando condições para se erradicar de vez com a massa salarial nivelada por baixo, que é fonte de pobreza. As transferências sociais ainda vão sendo um paliativo para minorar as carências. Faria sentido, os políticos descerem à rua e, por exemplo, incorporarem-se na fila dos paupérrimos para a sopa dos pobres. Sentiriam o impacto da pobreza real!
   Da mesma forma que o Governo tem uma obsessão com o défice, também o podia evidenciar na luta prolongada contra a inaceitável pobreza! Uma sociedade que não é socialmente justa e  onde a equidade para tantos é uma miragem - falha nos preceitos plasmados da nossa Constituição da República Portuguesa.

                              Vítor Colaço Santos

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