domingo, 18 de março de 2018

OS JORNAIS, OS REVOLUCIONÁRIOS E O STATUS QUO

Mesmo que os jornais sejam aparentemente plurais, com uma aparente diversidade, pelo menos, ao nível dos artigos de opinião, não vejo nenhum anarquista ou um qualquer Arnaldo de Matos ou Garcia Pereira a escrever para o Público, para o Jornal de Notícias ou para o Diário de Notícias. Isto significa que os jornais, tal como as televisões, são controlados pelos grandes grupos económicos, pelos tubarões da finança e pelos politiqueiros do regime.
Tal como no séc. XIX, os trabalhadores estão reduzidos à condição de mercadorias. Houve muitas revoltas, muitas revoluções no séc. XIX, no séc. XX, mesmo no séc. XXI, no entanto, nenhuma foi completamente cumprida ou, se quisermos, nenhuma resultou. O status quo levou a melhor. Os detentores do poder não abdicam dos seus privilégios a não ser pela força: através de um governo revolucionário, segundo Saint-Just e Robespierre; através de uma ditadura revolucionária, de acordo com Babeuf e Lenine. Há outra via: a de Saint-Simon, que pode ser a de Jesus. A do amor universal. A dos poetas, dos videntes e dos profetas, aqueles que têm maior capacidade de inspirar o amor universal nos outros. A ligação entre os condutores místicos e os indivíduos por eles conduzidos não é de autoridade nem de subordinação mas de amor dado e recebido, de comunhão na grande experiência. Há ainda os anarquistas que são contra o governo do homem pelo homem, ou seja, que pretendem derrubar o poder e construir uma sociedade alternativa, sem Deus, nem Estado, nem patrões, nem polícias.

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