Um especial interactivo
produzido por jornalistas de investigação (CIJI) explora as histórias do uso de
empresas "offshore" por parte de políticos, seus familiares e
associados-mais de 100 no total (citei, com a devida vénia, um despacho do
Público). Os partidos de esquerda (e não só) de todo o mundo há muito que
clamam pelo fim destas empresas, que protegem de alguma maneira a identidade
dos seus titulares das vistas de terceiros. Muito se fez já nesta matéria, para
combater a criminalidade e a corrupção. Na maior parte dos países ocidentais e
Europeus, foram extintas as contas numéricas, e hoje em todos os
"offshores" de países com créditos firmados no mercado financeiro, as
contas estão identificadas pelos seus verdadeiros titulares, e não por simples
mandatários. Tanto quanto julgo saber, não mais foi possível fazer depósitos
com dinheiro vivo, havendo apenas lugar a transferências bancárias ou depósitos
com cheques bancários. O acesso a estas contas é facilitado desde que com
adequada ordem judicial. É claro que se poderá ir mais longe, hoje está na moda
o "voyeurismo", em nome da "democracia", e tentar acabar
com estas facilidades a quem não está interessado em divulgar o dinheiro que
tem e como o obteve. Mas se estudarem um pouco esta questão, descobrirão que
existe um grande entrave a nível global, que nada tem a ver com o louvável
combate da corrupção. Os terroristas usam estes offshores para esconder o financiamento
da suas actividades criminosas. Mas os governos que os combatem justamente,
também têm necessidade dos offshores, em nome da discrição e segredo das
operações que visam neutralizar aqueles fanáticos. E agora, que fazer? Não
basta debitar slogans demagógicos e muito populares, é preciso ir até à raiz
dos problemas.
OBS. Publicado parcialmente no semanário Expresso, na sua edição de 9/4/16.
Foi também publicado (na íntegra) na edição de 10/4/16, do jornal Público.
OBS. Publicado parcialmente no semanário Expresso, na sua edição de 9/4/16.
Foi também publicado (na íntegra) na edição de 10/4/16, do jornal Público.
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