É tanta a matéria ao nosso dispor neste domingo sem sol, mas cheio de
cor, de fé, e de casos, que torna-se difícil saber por onde pegar-lhe. Em Paços
de Ferreira, o FCPorto, clube em queda e sob o mistério da doença que padece,
evidenciou o descalabro, a via sacra que calcorreia. Em Loulé a procissão da
Santa Mãe Soberana, que os homens de fé
carregam aos ombros como uma pluma pelos caminhos do povo crente. Na Ilha da
Madeira, ilha do encanto e da Festa da Flor, aonde paira a alegria e o aroma, o
colorido e a fantasia, que mais a embeleza e atrai. A nomeação do novo ministro
da Cultura, Luís F. Castro Mendes, homem da poesia, criador de diplomacias, e
de outros géneros do domínio do belo. São hoje, neste domingo percorrido pelo
frio, assuntos interessantes e delicados para serem submetidos a análise séria
e decente. Mas são também por isso mesmo, alvo de apreciação mais profunda por
parte dos meios de comunicação que aceitam ou rejeitam receber esta minha
intervenção. Há jornais para os quais enviamos a nossa opinião, que puxam logo
da tesoura e do caixote do lixo, só porque a assinatura que se lhes prega no
fim do têxto, não é reveladora de indivíduo sonante, e intelectual reconhecido.
Alguns jornais até nos têm numa lista de banidos. No mínimo, de
"articulistas" pouco atractivos e sem sumo, com quem é uma perda de
tempo e de espaço publicá-los. Recuemos. No FCP, há de haver uma ou mais razões
para o que sucede naquele rosário de queixas contra tudo e todos. Não é da SAD,
não é do treinador nem dos jogadores, e ouvindo os responsáveis, a culpa só
pode estar nos árbitros. Clube mais rico do que o Tondela e do que o Paços, é
com certeza um clube mais organizado. Por conseguinte, não será aqui que se encontra a culpa dos
desaires acontecidos. Mas eles hão de estar em algum lugar. Clube milionário,
quando comparado com os referidos atrás e com o Nacional da Madeira ou
Marítimo, apresenta trabalho mais vergonhoso em campo desde há 3 anos. O
treinador, embora seja confundido com um forcado, pega-lhe como pode e sabe, e
foi escolhido como competente pelo presidente eterno da Sociedade do mistério
azul-e- branco, embora a gente adivinhe vida curta, quer a um quer a outro. A
procissão já vai longe, e o clube já perdeu toda a fé de acompanhar o compasso.
Em Loulé a Fé maior, suporta e faz esquecer qualquer dor, e a Senhora da
Piedade ajuda quem sofre. Na Madeira os aromas e as cores floridas tomam conta
da ilha e da atmosfera, e novos e velhos dão ares de felicidade e de disposição
para não baixarem na tabela do sucesso e do encanto. Dançam e cantam. No
governo, depois das promessas da festa das latadas ou das galhetas nas beiças
de dois cronistas, provocadores, insolentes, com acertos pessoais por fazer que
se arrastam do passado, feitas no facebook, por um ministro dentro da madrugada
e em pijama, que parece ter pesado mais que qualquer andor e que a pasta
responsável esquecida nos ombros, que o pagador de promessas sentiu e por tal,
arreou. Neste domingo, está difícil escolher qual o tema capaz ser eleito como
melhor e mais feliz, para o tornar simplesmente agradável. Talvez o novo
ministro-poeta, da Cultura agora, traga a resposta e diplomaticamente a ponha
em marcha, e seja capaz de limpar a má imagem que na SAD portista demonstra, e
que as bofetadas salutares, e as crónicas insultuosas deixem de entrar no
desfile da vida nacional. Que a Nª Srª e Mãe Soberana, tenha Piedade de todos
nós e ilumine os que usam e abusam da pena e do verbo.
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