No preâmbulo da
‘Crónica dos Grande Malandros, Ladrões de Portugal, d’Aquém e de Além-mar’ são
narradas defesas palavrosas, cheias de ênfase e de ‘santidade’, de tais bandidos
de alto gabarito, que tudo roubaram e têm roubado, corromperam e sacanearam,
por todos os sítios por onde passaram.
Assim, individualmente,
afirmam sempre que ‘estou completamente tranquilo com a minha consciência’, que
‘nada fiz de mal para assim ser acusado’, que ‘não me lembro de nada de tudo
que estou a ser acusado’, que ‘já entreguei a minha defesa aos meus melhores
advogados, pois, quem não deve, não teme’.
Enfim, gente bem-nascida,
de bem com a vida e a ‘vidinha’ de bem com eles, pelo que de nada devem ser
acusados, pois confiam cegamente na Justiça, porque a mesma também está com
eles.
Do lado de lá,
da fronteira atlântica, temos a figura jurídica do ‘empachamento’, que não é de
‘Temer’ para quem ‘nada de ilícito fez’ ou tem as mãos limpas através do
processo ‘Lava Jato’, afirmando solenemente ser somente vítima de ‘armações de
bandidos’, apesar de já ter ‘zerado’ qualquer ou todas as hipotéticas conexões ‘criminosas’
que sobre si possam ter recaído.
Isto é, é o
Zé-Povinho elevado a uma ardilosa espécie de Zé-Brasileiro, português de Braga,
com diz a canção, d’Aquém e de Além-mar.
José Amaral
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