terça-feira, 23 de maio de 2017


PÚBLICO 23.05.2017





Portugal, país bipolar



Com a nossa bipolaridade nacional, passamos rapidamente de um estado de angústia profunda pelo nosso empobrecimento ao estado de euforia exacerbada pelo nosso enriquecimento.



http://imagens.publico.pt/imagens.aspx/2017/05/23/Publico%20Porto/Publico_Porto-20170523.jpg?tp=ARQUIVO&w=180&h=226&act=cropResizeE como, ao longo dos nossos nove séculos, já o fizemos por diversas vezes, e sempre sem desfechos aconselháveis, convirá não o fazer uma vez mais, agora em euforia de haver muito dinheiro e ter que se gastar todo a correr seja como e em que for.



No passado recente, criou-nos um endividamento que ainda aqui está, do Estado de 130% do PIB e dos privados e particulares de 220% do PIB.



E se voltarmos hoje a achar-nos ricos, estaremos tão rápida e novamente numa angústia existencial a pedir ajuda às troikas que nos “levam coiro e cabelo em juros” e nos põem, uma vez mais, quais pedintes, de gatas. (...)



Augusto Küttner de Magalhães,

Porto

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