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sábado, 20 de maio de 2017
Olivier Blanchard: o economista que não percebe...
Dito isto, em jeito de introito, o que aqui me traz é o respigo crítico da entrevista de Olivier Blanchard ao PÚBLICO de hoje. Que diz o senhor? Muitas coisas mas...todas diferentes (antagónicas) das que disse enquanto economista-chefe do FMI entre 2008 e 2015. Eu perceberia a evolução, pois todo o pensamento é dinâmico, se o homem não dissesse agora que, quanto ao "sucesso" da actual situação económica de Portugal, ""não percebe, e não sabe de alguém perceba, porquê e como mas a verdade é que os resultados são bons" (sic)! Então não é que o homem que defendeu o corte de salários e do investimento público, diz agora o contrário?! E insiste no aumento deste último ponto para melhorar o célebre... crescimento (lembram-se que foi o que a UE e, julgo o FMI aconselhou a Sócrates para depois lhe "tirarem o tapete"?...) !
Termino com uma pergunta: se Olivier Blanchard não percebe agora, porque não suspeitar que também não percebeu aquando da "troika" mas... actuou com dolo para nós? A economia não é mesmo uma ciência ou alguns economistas é que não são "gente de bem"?
Fernando Cardoso Rodrigues
3 comentários:
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Para os economistas, o mundo real é sempre um caso à parte...
ResponderEliminarEu não gosto de generalizar e daí o primeiro e último parágrafos do meu texto.Seria abusivo e falso fazê-lo porque a Economia é um Saber, disso não tenho dúvida. Agora que tenha tomado a primazia sobre a política, acredito que sob o "pseudónimo" de Finança, é que é muito mau. Exemplo? Olhe, o só falarem de crescimento que, na minha profissão, é "somático" ( e, a prazo,impossível) em vez de desenvolvimento,
Eliminarque é "funcional" e exequível. Daí que eu diga que o "problema"será mais dos (alguns) "homens" que do conteúdo do seu saber. Dir-lhes-ei: são a cultura e a ética, "estúpidos"!
Também não me referia aos estudiosos da ciência económica, virados para a resolução dos problemas da Humanidade, mas aos Cavacos, César das Neves, Gomes Ferreiras e quejandos, que apenas trabalham para o espectáculo. Tentemos recordar o que diziam quando Mário Centeno apresentou, em 2015, o programa do PS...
ResponderEliminarNo mais, o sistema capitalista é uma monstruosidade baseada no crescimento permanente, mas como nada pode crescer infinitamente, rebentam as crises.
Estas são o pretexto para tirar ainda mais aos que menos possuem, porque aos poderosos não se pode tirar nada, ou as "vacas sagradas" por eles criadas para os proteger entrariam em acção; basta ver como estrebucham co0m uns míseros euros de acréscimo no SMN...