Como o
tradutor de Staline
Lembro-me de
ter lido que José Staline tinha um “fraquinho” por filmes de cowboys, que lhe
eram escolhidos e enviados pelo seu embaixador nos USA.
Assim, quando
lhe apetecia, convocava o tradutor habitual, já que esses filmes não vinham
legendados em russo, e alapava-se a gozar as cowboyadas.
Só que esse
tradutor, que realmente conhecia muito bem o inglês académico, não pescava nada
do calão usado no farwest, pelo que se limitava, a maior parte do tempo, a ir
descrevendo as situações conforme o seu desenrolar, o que originava algumas
graçolas do staff do ditador, que era mesmo um saco de gatos…
E vem isto a
propósito das últimas avaliações do FMI acerca de Portugal. Depois de se verem
sistematicamente desautorizados pela realidade, que tem sempre razão, não lhes
tem restado outra saída que não seja começar a corroborar as previsões, que vêem
confirmadas, daqueles que, em Portugal, sabem o que andam a fazer, exactamente
como fazia o tradutor de Staline.
Amândio G.
Martins
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