Parece-me que
já terão ouvido esta conhecida expressão, pelo menos através do povo mais
simples, que está intimamente ligado à sua via popular, do que aqueles que, em
seus gabinetes e outros lugares afins, só ouvem palavras bonitas, quiçá
malcheirosas, mas mantidos no patamar da via erudita, tendo em conta os seus
sensíveis ouvidos e obras.
Assim, os
eruditos não ouvem os parvalhões que dizem que ‘compram tudo feito’, porque ‘trabalharam
toda a vida’, e, portanto, quem ‘lhes comeu a carne, que agora lhes rilhe os ossos’.
E por aí adiante. Todavia, culturalmente nada amealharam.
Entretanto,
muitos dos ditos eruditos, durante a sua activada vida, trataram, não da sua ‘vidinha’,
como chafurdaram, quase a cem por cento, na sinuosa via da mui conluiada
corrupção, da qual obtiveram mordomias altamente criminosas, mantendo o povoléu
amorfo e cada vez mais dependente do exterior e por este continuadamente
saqueado.
Então, vejamos
os nossos grandes e iluminados ‘crânios’, que mais não são do que a
reencarnação dos vendilhões do templo, pagos a peso de ouro, entregando a banca
aos espanhóis, a electricidade aos chineses, a TAP aos brasileiros, os
aeroportos e seu espaço aéreo aos franceses, os fiáveis CTT e seus derivados
lucrativos a ingleses, franceses, alemães e noruegueses, as comunicações fixas
e móveis a angolanos e franceses, a moeda com directrizes do BCE, a nossa
economia a cargo do Eurogrupo, e não sei que mais dirigido e saqueado do
exterior.
Isto é, não
faltará muito para termos de pagar aluguer e renda por tudo que venhamos a ter
neste rincão, que já foi nosso, mas que agora ‘está entregue à bicharada’.
José Amaral
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