segunda-feira, 19 de junho de 2017

“Se o precipício é lindo, caia”

“Se a queda é longa, voe; se o autocarro atrasa, cante; se a solidão aperta, durma; se a insónia atrapalha, dance. Pare, olhe, avance.
Nunca deixe para fazer hoje o que poderia ter sido feito em outra encarnação. Rasgue mapas, deite café quente sobre o GPS, conhaque sobre o iPhone, ofereça o BlackBerry ao primeiro passante. Entre dois destinos, escolha o mais distante; entre dois desígnios, o mais interessante.
Coma sopa, use cachecol, olhe muito para o céu. Prefira sempre a bicicleta ao carro; saia na chuva sem chapéu, não tenha medo de água, você já não é feito de barro.
Se a companhia é chata, desande; se ela for boa, faça-a constante. Se há mar, mergulhe; se há montanhas, mova-as; se há desertos, regue-os, nem que seja de suor e lágrimas.
Só não fique eternamente estanque à espera do comboio, do avião ou de Godot. Ainda temos mais de meio ano para fazermos de 2017 o melhor ano das nossas vidas. Não é muito nem pouco, mas é o que temos”.
Nota – Encontrei numa gaveta um recorte de jornal com esta lengalenga, que já eram citações. Não tenho bem a certeza, mas suponho pertencerem a um artigo do storyteller e publicitário Edson Ataíde…
Nota II – Começo a dar pela falta do senhor José Amaral neste espaço. Como da última vez que aqui marcou o ponto falava de uma medicação para o coração, esperemos que não seja por doença que não pode comparecer. É melhor estar de férias!


Amândio G. Martins

1 comentário:

  1. Posso confirmar que não está doente. Também não está de férias... Mas está vivinho da silva!

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