domingo, 11 de abril de 2021

Enredo de novela mexicana

 

Não faço a menor ideia se o homem é anjo ou demónio, se cometeu ou não os terríveis pecados pelos quais há muito foi sumariamente julgado e condenado na praça pública, que para esse “tribunal” não existem quaisquer regras, muito menos “presunção de inocência”; não sou amigo nem inimigo dele, mas foi o chocante espectáculo da sua detenção, premeditadamente preparado para que tudo quanto fosse audiovisual estivesse presente, precisamente quando vinha a entrar no país, para se apresentar ao MP, que me deu da Justiça a imagem de que não sabe muito bem o que anda a fazer, e não a decisão agora tomada pelo juíz de instrução, que terá escandalizado os justiceiros de rua.

 

Só ouvi o final da leitura e vi alguns dos comentários que se lhe seguiram, de que destaco o daquele Zé Manel “jornalista”, no canal 3 da televisão pública, que me deu a ideia clara que, para aquele tipo de gente, fazer justiça é condenar de qualquer maneira aqueles que querem ver condenados; trata-se do personagem que, como director de um importante jornal, em conluio com o então acessor de imprensa da presidência da República, montou a rocambolesca história das escutas de São Bento a Belém; ambos se cobriram de vergonha e foram demitidos, mas o Zé Manel continuou a perorar, decerto com “aquilo” atravessado, que lhe vai alimentando o ódio contra o ex-primeiro ministro.


Só não me pareceu apropriado o triunfalismo do arguido à saída; de facto,  parece-me que teria sido mais prudente da sua parte remeter-se ao silêncio e recolher imediatamente  a casa para meditar no que ainda falta para se poder considerar livre daquilo, já que a sua imagem pública, social e política, terá ficado danificada para sempre...

 

 

Amândio G. Martins

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