quarta-feira, 21 de abril de 2021

PS, PSD, CDS recusaram sempre leis mais eficazes para combater a corrupção

A recente fase decisória da Operação Marquês gerou interrogações, perplexidades, indignações, preocupações, ligadas a um certo clima de impunidade que tem rodeado os alegados crimes económicos de negócios de milhões aliados à corrupção. Fomentando a convicção que a justiça só age com os mais fracos e ignora os ricos e poderosos. Ou como alguém já disse, o código civil para os ricos e o código penal para os pobres. 
Esta situação cria descrédito no sistema judicial, sendo hipocritamente aproveitada para atacar o regime democrático conquistado com o 25 de Abril, por aqueles que ligados aos ricos e poderosos ainda os pretendem beneficiar mais. Na mesma onda mediática estão noticiadores e comentadores da comunicação social dominante. 
PS, PSD, CDS, têm recusado sempre leis mais eficazes para combater a corrupção e criminalizar o enriquecimento ilícito, confirmando que tal é afinal uma consequência natural do sistema capitalista que defendem, com a submissão do poder político ao poder económico e financeiro e a toda a teia de interesses e promiscuidades que são gerados. 
Dificilmente a situação se alterará, por falta de vontade política, com o Governo/PS, a actual composição da Assembleia da República e os comentários do Presidente Marcelo. Só com uma política diferente, que acabe com mais de 40 anos de política de direita, dando rigoroso cumprimento ao que determina a Constituição da República, de subordinação do poder económico ao poder político, se poderá iniciar um sério caminho de medidas para combater com eficácia a corrupção, a fraude e a criminalidade económica e financeira.

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