Do 25 de Abril de 1974 pouco sobra e o resultado está à vista. Desde o 25 de Novembro de 1975 até aqui foi um cavalgar nas mudanças que houve a favor da maioria para que tudo regressasse aos passadistas eixos... Os trabalhadores há muito que labutam de borla para os patrões!, através do banco de horas aprovado pelo bloco central - PSD\PS e o aval do moribundo CDS. A escravatura fascista praticada nos campos do Alentejo antes de Abril de 74 é hoje substituída por uma envernizada escravatura mais «democrática» e quem não quer - rua! Porquê?
Porque sim... A oferta sobrepõe-se à procura. Comentadores do óbvio e políticos de frouxa estirpe fazem-nos crer que a liberdade de expressão é um bem desta democracia escangalhada. Será? É uma liberdade vigiada, sem estímulo por parte dos poderes instituídos para que haja uma prática política de cidadania activa sem amarras nem retaliações... Salgueiro Maia, um dos generosos e heróis militares do pronunciamento militar em 25 de Abril de 1974, tudo deu, e daria a própria vida pela democracia contra a ditadura. Cavaco, enquanto primeiro-ministro, recusou uma pensão pedida pelo Capitão de Abril pelos serviços excepcionais e relevantes prestados ao país devido à sua participação no 25 de Abril. Nunca teve resposta(!). Em contrapartida, o mesmo Cavaco atribuiu pensão a dois ex-inspectores da PIDE, um dos quais autor dos disparos sobre a multidão em frente à sede, nessa manhã de Abril, donde resultaram mortos! Esta gloriosa data também teve na sua génese uma marca anti-capitalista. A IL defensora do liberalismo capitalista quer entrar nas comemorações da efeméride.
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