sábado, 7 de agosto de 2021

Medalha de ouro honoris causa


Num discurso a roçar o choradinho, Joe Biden queixou-se, perante os compatriotas e o mundo em geral, de que a China tem planos para, em poucos anos, se tornar na potência mundial hegemónica, económica e militarmente. Ninguém acredita que os EUA não possuam idênticos objectivos mas, com tantas lamúrias, à primeira vista, até parece que não se sentem capazes de ultrapassar os intentos orientais. Em plena época de Jogos Olímpicos, será que os americanos estão a pedir aos competidores para atrasarem o passo, de modo a poderem conquistar a medalha de ouro na meta de chegada? Em vez de apressarem a passada para atingirem o lugar mais alto do pódio, os americanos lamuriam-se de que “outros” querem ganhar a competição. A não ser que a fábula do America first à moda do Trump sirva para mascarar o desejo de se manterem na frente do pelotão sem se obrigarem a qualquer esforço. Seria melhor pedalarem mais e queixarem-se menos, ou então... não merecem a liderança! 


Público - 09.08.2021 (com o título sem a causa e o texto amputado da parte sublinhada).


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