O chamado “mundo livre” (que nunca saberemos se será assim tão livre) tem a obrigação de fazer todos os possíveis para impedir que os taliban deste mundo, escudados na sua imaginária superioridade moral, armados até aos dentes, para já só de “boas intenções”, nos venham impor normas que não queremos, não porque somos irresponsáveis, mas sim porque somos e queremos ser livres. Custa a entender que, conhecida a história da Humanidade, com exemplos claros do desfecho de tais intenções, ainda haja quem deseje, no seu íntimo, pôr-nos a “pata em cima”, numa demonstração de pureza ideológica que não se afasta dos seus sacrossantos princípios, numa interpretação da Moral que é só deles, porque a dos outros não é genuína. O objectivo declarado é sempre o mesmo: construir uma sociedade perfeita, seja pela eugenia, seja pelas regras comportamentais. Em tempos de pandemia, imagino que gostariam de limitar todas as nossas liberdades individuais. Pois podem começar pelas suas, exercendo o legítimo direito de se isolarem dos outros, evitando assim aquilo que fabulizam ser o “regabofe” que é a nossa vida quotidiana. Bom proveito.
Público - 30.08.2021
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