O AFEGANISTÃO E A HIPOCRISIA CRIMINOSA AMERICANA
A história recente do Afeganistão, retrata, na perfeição, a hipocrisia da política externa dos EUA. Cujo objetivo essencial é a hegemonia global, sem olhar a meios.
O povo afegão, é constituído por diversas etnias e viveu praticamente até aos nossos dias, em semi-feudalismo, com elevadas taxas de analfabetismo e influenciado pelo obscurantismo fundamentalista religioso.
Em 1978, o Partido Democrático Popular do Afeganistão, liderado por Mohammad Najibullah, um médico, popularmente conhecido por Dr Najib, tenta arrancar o seu povo ao atraso medieval, e inicia uma revolução laica orientada para o socialismo que saiu vencedora.
Até então, como é sua prática natural, e não a teoria hipócrita de defesa da democracia e dos direitos humanos, como propagandeiam, os EUA, estiveram-se nas tintas para a sorte do povo afegão. Com a chegada ao poder dos patriotas revolucionários, com a colaboração da Arábia Saudita e do Paquistão, seus aliados, armaram e apoiaram a pior escumalha afegã. Ou seja, os criminosos fundamentalistas, Talibãs.
Depois de assinaláveis melhorias de ordem social entre 1987- 1992, sem o apoio da União Soviética que então soçobrara, os Talibãs, derrubaram o Governo do Dr. Najib e enforcaram-no numa praça de Cabul.
Nos últimos 20 anos, a história é mais conhecida. Os auto-proclamados defensores da democracia e dos direitos humanos, perderam o controlo aos seus fanáticos cães de guerra, provocaram centenas de milhar de mortos, o Afeganistão voltou a ser o principal produtor mundial de ópio e os “libertadores” assim como a sua NATO (onde nesse âmbito se incluiu tropa nossa) retiram e deixam o Afeganistão entregue aos seus antigos protegidos fundamentalistas.
O que eles não queriam lá, nem em parte nenhuma, é os que se batem, efetivamente, pela libertação dos seus povos.
Francisco Ramalho
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