segunda-feira, 27 de maio de 2019

A propósito da abstenção e dos que tudo misturam

" Escolhem não escolher" (Marcelo Rebelo de Sousa, PR)
" Respeito-os como aos que que sabem ler mas não lêem ou aos que sabem falar mas não falam... mas que  usufruem connosco dos espaços comuns" (Luís Januário, pediatra em Coimbra)
" Poderia dizer que a maior vitória é a dos 70% de abstencionistas, mas prefiro dizer... derrota de todos os portugueses" ( António J. Teixeira, sub-director da RTP)

Assim falam dos abstencionistas estes três senhores, dum modo bem percuciente. E eu com eles. Como já disse há dois dias, por sonsice, incultura, indiferença, intenção malévola ou... um bocadinho de cada. Mas, no conjunto, más consequências. Lavando as mãos como o tristemente célebre Pôncio Pilatos. Queriam eles....
A quem vota, seja em quem for dos que vêm no boletim de voto ou aos que foram às urnas para riscar aquele e assim o anular, o meu profundo respeito pois são cidadãos assumidos, que, com atitudes diversas, assumiram a cidadania democrática. E os dois únicos campos estão definidos, quanto á última.
Há ainda os que tudo misturam, "democratas de pacotilha", que lêem os 70% ou como eventual sinal de "hireractivistas silenciosos" que não gostarão do sistema partidário ou misturando-os com aqueles que votaram maioritariamente em quem eles não gostam, não se coibindo de os insultar do alto da sua "iluminação tendenciosa" e axiomática. Para estes dois tipos, o meu desprezo. Quando saem à liça, habitualmente confluem, com razões diferentes, num escopo comum.

Fernando Cardoso Rodrigues

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