“Pactómetros” para todas as situações...
Manuel Valls, o catalão que já foi primeiro-ministro de França, e agora
concorreu à Câmara de Barcelona, não tendo obtido votação suficiente, oferece os
seus votos à “alcaldesa” em funções, sem condições, para que continue a presidir
àquele município, evitando que o independentista Ernest Maragall, que não tem
maioria, assuma a presidência, mas parece que a senhora já tem compromisso com
Maragall.
Acontece que Ciudadanos, partido pelo qual Valls se
candidatou, detesta mesmo Ada Colau e não concorda com a decisão do seu
candidato, preferindo apoiar o socialista Jaume Collboni; se isto se
concretizasse, e Collboni passasse a ser o “alcalde, os socialistas estariam a
pagar à esquerda republicana, apoiante de Maragall, o “favor” de não lhes ter
apoiado Miguel Iceta para presidir ao Senado.
Acabado o tempo do bipartidismo, em que se alternavam no
poder populares e socialistas, a geografia eleitoral em Espanha está um
quebra-cabeças para a comunicação social, que se ocupa agora a realizar “pactómetros”,
porque muitos dos vencedores das eleições nada podem sozinhos, precisando de
fazer pactos para poder governar, e fazem-se todo o tipo de cálculos que,
dependendo de VOX in ou out, a coisa
tanto pode pender para a esquerda como para a direita...
Entretanto prevê-se mais um “rifirrafe” no Parlamento, onde
os de Vox se alaparam mesmo atrás da bancada do governo, sem esperarem que lhes
fosse indicado o lugar habitual dos pequenos partidos, a que chamam “galinheiro;
e não foi inocente este atrevimento, porque aquele é um ponto que as televisões
focam permanentemente...
Amândio G. Martins
Mais passarões que poleiros ... prevejo muito esvoaçar de penas 🤔🤔😉
ResponderEliminarCinjo-me ao VOX. No caso vertente do Parlamento. Foram cucos, abutres ou águias?... Provavelmente é na mistura dos três que eles medram. Ora um, ora outro, é "consante"...
ResponderEliminarComentava ontem a jornalista Lucía Méndez, do jornal "El Mundo", que falta aos novos dirigentes partidários a cultura da negociação; outro comentador dizia que, comparado com os novos dirigentes do PP, Mariano Rajoy é Winston Churchill...
ResponderEliminarConfesso que não percebi. Falta-lhes cultura de negociação ou são péssimos negociadores? Sob o ponto de vista ideológico e prático.
EliminarAcrescento: com a extrema direita não se negoceia nem, muito menos, se faz coligações.
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