terça-feira, 14 de maio de 2019


Há dias em que tudo sai perfeito...


E hoje, 13 de maio, foi mesmo um desses, embora se perspectivasse o contrário, porque o que tinha programado fazer – aplicar “calda bordalesa” no batatal – não é das coisas mais agradáveis; mas quando cheguei à horta, já próximo das sete horas, não só não havia orvalho, que me costuma deixar molhado até aos joelhos, como fiz todo o trabalho acompanhado pela maravilhosa quão rara música de rolas e pombos bravos, que costumam reproduzir-se na mata da quinta adjacente, e hoje presentearam-me com as suas “melodias” o tempo todo.

Como acabei a tarefa a tempo, ainda pude assistir a boa parte das cerimónias de Fátima, algo que me deixa sempre emocionado; de facto, ver aquela demonstração de humildade sincera de tantos milhares de pessoas é realmente comovedor, e por muito materialista que seja o tempo que vivemos, as pessoas acorrem ali de todas as formas e de muitos lados, para umas horas de meditação.

Depois do almoço montei a escada extensível na enorme cerejeira que plantei já lá vão quarenta anos e fui colher uma caixa de cerejas, para consumo cá em casa e distribuír por alguns vizinhos que ainda não têm as deles suficientemente maduras; este é um daqueles anos em que as cerejeiras por aqui estão com muito fruto, embora a qualidade não me pareça grande coisa, com a maturação muito irregular, talvez por ter chovido muito até há pouco, e esta fruta não gosta nada de chuva...


Amândio G. Martins



4 comentários:

  1. Felizmente para mim, usufrui dessa vida até me casar mas tornei-me um citadino inveterado, depois disso. Das cerejeiras então, tenho uma saudade imensa!

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  2. Ainda posso ir ao quintal dos meus pais e trazer fruta “ biológica “ mas se envolver subir às árvores já não me atrevo 🙂

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  3. Quando andava lá em cima, o mais irritante era estar sempre a ouvir os passantes repetir, "tenha cuidado, que isso de andar tão alto é um perigo, veja se não cai"; mas biológico aquilo deve ser, porque não leva nenhum tipo de tratamento.
    Mas o diabo da árvore cresceu de forma descomunal, sem nenhuma poda, e agora fica muito por colher, que a passarada também precisa... E ocorria-me, quando puxava um raminho pequeno, que quando a plantei era daquele tamanho e tinha sido trazida para ali na bagageira do carro...

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    Respostas
    1. Constatar a passagem do tempo é um pouco nostálgico , mas melhor que isso é poder presenciar essa mesma passagem ! Viver a história para pode contá-la ��

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