No
passado dia 11, o núcleo do Seixal do Conselho Português para a Paz
e Cooperação (CPPC), organizou um almoço no Clube Desportivo da
Cruz de Pau. Entre os diversos convidados, estiveram os presidentes
das Câmaras da Moita e do Seixal. Respetivamente, Rui Garcia e
Joaquim Santos. No final da refeição/convívio, usaram da palavra
Armando Farias e António Lara Cardoso, que fizeram uma breve
referência aos principais conflitos em curso e ameaças à paz
mundial. A situação na Venezuela, onde o imperialismo
norte-americano não desiste de asfixiar económica e financeiramente
aquele país através de boicotes e embargos de toda a ordem,
tentando impor a sua marioneta, Guaidó. A persistente luta (tão
esquecida) do povo do Saara Ocidental contra Marrocos pela sua
auto-determinação. O massacre do Iémen pela Arábia Saudita,
aliada e principal cliente de armas dos EUA. A guerra comercial deste
país com a China. A expansão da NATO um pouco por todo o mundo,
especialmente para leste, ameaçando a Rússia, provocando assim, a
corrida aos armamentos. As ameaças de Trump ao Irão depois de
rasgar o acordo nuclear com aquele país. E um mais demorado relato
sobre a situação na Palestina, ocupada por Israel.
Integrado
numa delegação do Movimento dos Municípios pela Paz composta por
representantes das Câmaras do Fundão, Soure, Seixal, Moita, Cuba,
Évora, Lagoa e Loulé, a convite do Sr. Embaixador da Palestina em
Portugal, O CPPC deslocou-se àquele país de 28 de março a 3 de
abril de 2019, tendo contactado com Governadores e Presidentes de
Câmara de diversas cidades e com representantes da Universidade e de
agricultores.
Depois
da exibição de um vídeo e de uma breve introdução feita pela
dirigente nacional do CPPC, Zulmira Ramos, Joaquim Santos, foi
convidado a usar da palavra, tendo feito uma impressionante descrição
sobre o dia-a-dia, sobre a ignomínia, a que aquele povo está
sujeito. São os colonatos que retalham e limitam a utilização da
terra, são as centenas de check points que dificultam as
deslocações dentro do próprio território palestiniano ( nem o
Embaixador se livrou, tendo os nossos compatriotas, por solidariedade
com ele, voluntariamente, também se submetido). É a limitação na
construção de casas e escolas, é o controlo no abastecimento de
água e da eletricidade, são as provocações, a destruição de
colheitas, a violência e a prisão de homens, mulheres e crianças
que não se resignam e ousam enfrentar as forças repressivas do
ocupante. E é o arbítrio, a prepotência, o espezinhar do Direito
Internacional, de várias resoluções da ONU.
Aqui
fica uma breve síntese de que o CPPC e o Movimento dos Municípios
pela Paz, testemunharam e dizem não calar. Nós também não!
Francisco
Ramalho
Publicado hoje em "O Setubalense"
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