O Pamplinas em cuecas

Uma das melhores formas que vi para caracterizar o recente sketch protagonizado por Joe Berardo apareceu no Expresso Curto, na passada quinta-feira, pela mão de Germano Oliveira. Chamou-lhe o “magnífico episódio Monty Python”. O “rótulo” só não me agradou completamente porque respeito e gosto muito dos Monty Python, e Joe Berardo só me suscita reacções de repúdio e desgosto. Colocá-los, pois, em posição de comparação é coisa que o grupo inglês nunca mereceria. No entanto, o burlesco do madeirense, bem genuíno, talvez justifique a referência ao dos Monty, conseguido à custa de muita classe e profissionalismo, justamente para ridicularizar figurinhas como o Berardo. Também se poderia ter recorrido à imagem de Buster Keaton, com aproveitamento do seu nome em português, o Pamplinas, para quem dele se recorda. Concedo que todos os referidos me fazem rir, as razões, no entanto, é que são diferentes.

Quanto às comendas, só peço que não lhas confisquem. O homem que só tem uma garagem (ao que se sabe, sem carro) aonde diabo há-de arrumar as medalhas? E, nesse caso, sempre haverá menos património para arrestar.