segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Ao nível de Rocambole

 

O visconde francês Pierre Alexis, quando escreveu “As façanhas de Rocambole”, com o pseudónimo literário de Ponçon du Terrail, teria seguramente aproveitado para mais um livro a incrível carreira política de Miguel Alves, tão curta, dado ser muito jovem, e tão fértil em peripécias verdadeiramente rocambolescas; de facto, não se conhecendo ainda a coisa em toda a sua dimensão, aquilo que já se sabe é suficientemente revelador para não causar  interrogações a toda a gente que deteste ser enganada por “chicos-espertos”.

 

Na parte do mundo em que vivemos, quando alguém responde a um anúncio de emprego, mesmo que não seja de grande responsabilidade o lugar, o candidato é confrontado, na entrevista de selecção, com a exigência dum vasto número de qualidades, cuja resposta será depois escrutinada; todavia, para preencher um lugar de sua confiança política, o primeiro-ministro, pelo que revela o caso Miguel Alves, não parece ter sido muito exigente, e isto nada abona em seu favor, pese embora saber-se que é um homem sempre atarefado, com mais problemas para resolver do que braços competentes em quem confiar...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

5 comentários:

  1. Miguel Alves já anda colado a António Costa quase à 20 anos... que com certeza o conhecerá bem...

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  2. Parecendo inteligente, Miguel Alves tinha obrigação de saber que o seu "background" acabaria por saír à luz do dia, nunca devendo ter aceitado o lugar no Governo...

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  3. Pois; e Costa começa a ver-se ensarilhado em coisinhas tão pouco lineares que os "abutres" irão caír-lhe em cima sem nenhuma piedade...

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  4. claro que os abutres não o vão largar aproveitando essas coisinhas... já que em termos da política propriamente dita as divergências não são muitas... nem profundas.

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