A FIFA já reconheceu que as obras efectuadas na
construção de estádios e outras infraestruturas ligadas à realização do
campeonato do mundo de futebol no Catar, ficaram marcadas pelo desrespeito
pelos direitos humanos e laborais, por falta de direitos e condições de trabalho para
os imigrantes, nomeadamente paquistaneses, indianos, nepaleses, bengalis,
causando vários milhares de acidentes de trabalho e mais de 6700 mortos.
O presidente da FIFA, Gianni Infantino,
informou igualmente que estarão em curso diligências para compensar as vítimas
de acidentes de trabalho.
A decisão de atribuir a realização do mundial
de futebol de 2022 ao Catar, em 2010, foi desde o início rodeada de críticas e
polémicas, como a possível existência de corrupção na compra do voto de federações
para que tal acontecesse. O presidente da FIFA na altura, Joseph Blatter,
admite agora que a escolha do Catar foi um erro.
Por cá, tudo isto e muito mais, parece não
incomodar o país do futebol e não merecer qualquer declaração ou comentário. O
silêncio sobre o que aconteceu no Catar é praticamente unânime, desde
dirigentes a protagonistas, de programas televisivos e radiofónicos a jornais
desportivos.
Aliás, seguindo uma prática de nunca ou
raramente ter uma palavra ou comentário, sobre as dificuldades e agravamento de
condições de vida, que em várias ocasiões afectam muitos adeptos e
simpatizantes do futebol que enchem estádios.
De resto, não admira, já que o «futebol
profissional é um negócio e não um desporto…», como confirmou o presidente da
Liga, Pedro Proença. E a preocupação dum
negócio é o lucro e não social.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.