Não é que António Barreto (A.B.), na crónica “O pecado da complacência”, no PÚBLICO de sábado, não atinja certeiramente o alvo quando profere algumas das suas infindáveis asserções. Aceita-se que, respigado aqui ou acolá, se aproveite e concorde com o(s) teor(es) do texto. Contudo, na sua globalidade, estamos perante um azedo libelo contra os “outros”, sendo que, aqui, os “outros” somos todos nós. Quem, afinal, para A.B., está de fora do conjunto dos “pecadores”, por abdicação, complacência ou tolerância? Não vislumbro ninguém, a não ser, provavelmente, o autor da diatribe. Parece que A.B. se considera, neste miserável mundo, o único capaz de “cortar a direito”, inflexível, incorrupto e incorruptível. Talvez não seja caso para tanto, mas mais ninguém se sentiu insultado? Resta-nos perdoar A.B., “complacentemente”, pela exaltação própria.
Público - 21.11.2022
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