sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Não há maquilhagem que disfarce aquilo

 

Apesar de todo o eforço de maquilhagem que têm vindo a fazer, para promover no mundo uma imagem mais aceitável, no Catar pouco ou nada irá mudar, porque é bem evidente o artificialismo de tudo aquilo; de facto, restam pouvas dúvidas de que, acabando o espectáculo do Mundial, negociado por métodos nada transparentes e preparado com o custo de muitos milhares de vídas, tudo irá ficar como antes no “modus vivendi” daquela sociedade.

 

Escrevia há dias Inês Cardoso, do JN, depois de lá ter feito uma viagem, que o guia com quem entrou numa mesquita, devidamente “mascarada” para o efeito, lhe perguntou no fim, claramente provocador, se sentia que tinha perdido a liberdade, querendo fazer crer que nada do que no Ocidente se diz acerca deles é verdade, como se um jornalista pudesse aferir fosse o que fosse numa passagem relâmpago, com tudo controlado.

 

E a cena que ontem me foi dado ver, através duma TV espanhola, pareceu-me elucidativa: Um repórter dinamarquês, que fazia um “directo” a partir da via pública para o seu país, foi bruscamente interceptado para que desligasse aquilo ou lhe partiriam o equipamento; indignado com tal vigilância, o jornalista reagiu como devia, perguntando que merda era aquela, que estava ali legalmente, a trabalhar num local público, não estava a transgredir regra nenhuma, e ameaçavam destruir-lhe a ferramenta de trabalho, pois que o fizessem, se achavam que tinham esse direito!...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.