quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Sociedades doentes

 

Dizia Karl Popper que os que prometem o céu na terra normalmente reproduzem o inferno, e o que temos visto no Brasil, durante a campanha eleitoral e após as eleiçoes, são milhões de almas capazes do pior, alienadas por uma seita pretensamente religiosa, cujo imenso poder lhes advém da manipulação despudoradamente exercida sobre aquela imensa massa, incapaz de pensar por si própria.

 

De facto, tal como nos Estados Unidos com Trump, esses demoníacos “evangélicos” brasileiros – máquina de destruição da democracia, como lhes chamou Lula, justificando não ter ido ao debate organizado pelo canal de esgoto televisivo da seita - tiveram nos últimos anos rédea solta para fazer todo o mal que quiseram, com acesso livre a lugares sensíveis da governação, aproveitando ter um dos seus no lugar mais destacado, que lhes permitiu ocupar ministérios tão importantes como o da Educação, ridicularizando a grande nação perante o mundo civilizado.

 

Demasiado tempo depois de serem conhecidos os resultados, aguardava-se do perdedor uma demonstração de que ainda haveria nele algum resquício de dignidade, especulando-se sobre o que sairia do seu ressabiado bestunto -  sabendo-se que, mais uma vez, terá tentado pressionar o Supremo Tribunal, cujos juízes nunca respeitou, só porque não lhe permitiam fazer maior mal do que já fazia - ainda que alguns dos seus mais chegados aliados o tentassem aconselhar no bom sentido, para evitar causar ao país danos irreparáveis...

 

Amândio G Martins

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