DESEQUILÍBRIOS
Em tempos ainda não tão distantes
Brotavam dos nossos montes nascentes
Mananciais puros e abundantes
Maravilha para animais e gentes!...
Mas mentes mesquinhas e inconscientes
Degradaram aos viventes silvestres
Os habitats que foram seus pertences
Tornando-os cada vez mais agrestes.
A nossa fauna vai escasseando
Já pouquinha dela é sobrevivente
Mas o predador lá segue abusando
Irresponsavelmente indiferente.
Privatizam água de toda a gente
Guiada noite e dia para o quintal
A depauperar todo o ambiente
Mas não entendem estar a fazer mal.
Os animais descem ao povoado
No instinto de preservar a vida
Em busca de quanto lhes foi roubado
Ficando sem comida nem bebida.
Se os bichos algum dano forem causar
Culpem-se os que lhes foram roubar tudo
Decidindo sem critério profanar
O que lhes deu o criador do mundo.
Ninguém precisa da água corrente
De bica aberta permanentemente
Desperdiçada de forma improfícua;
Sendo bem de toda a comunidade
Só uma grande insensibilidade
Ousa praticar acção tão iníqua!
Amândio G. Martins
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